Criado há exatos 20 anos, em 11 de setembro, o Dia Nacional do Cerrado celebra a importância desse que é o segundo maior bioma do Brasil, atrás apenas da Amazônia.
O bioma ocupa, aproximadamente, 25% do território nacional e é considerado o “berço das águas do Brasil”, cujas fontes de água alimentam grandes bacias hidrográficas do país, como a Amazônica, a Araguaia/Tocantins e a do São Francisco.
De acordo com a Fundação Florestal, as águas do Cerrado “são responsáveis pela maior parte da geração de energia elétrica consumida no país”. Sem falar que é ali que estão as nascentes dos rios que formam o Pantanal, uma das maiores áreas úmidas contínuas do planeta e o menor bioma brasileiro.
“Um prejuízo inegável para o agronegócio, mas também para toda a população que
poderá ficar sem água. Sem Cerrado, o Brasil morrerá de sede”, alerta a professora da Universidade de Brasília e diretora do Museu do Cerrado, Rosângela Corrêa, em nota emitida pela Agência Brasil.
Cerrado brasileiro: berço ameaçado
De acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), entre janeiro e abril de 2023, o desmatamento no Cerrado teve um aumento de 14,5%, o maior dos últimos cinco anos na comparação com o mesmo período.
Os números são não só uma ameaça à biodiversidade e aos povos tradicionais da região, mas indicam a possibilidade de crises no fornecimento de recursos, como água, energia e alimentos.
Ainda segundo a Fundação Florestal, a savana brasileira é a mais rica do mundo em biodiversidade e ocupa cerca de 20% do país presente, estados brasileiros como São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Bahia, Ceará, Maranhão, Roraima, Rondônia, Amapá, Amazonas e Pará.
Esse hotspot mundial, como são chamadas as regiões de biodiversidade ameaçada de destruição, abriga 800 espécies de aves e 13 mil espécies de plantas, além das centenas de mamíferos (160), anfíbios (150) e répteis (100).
* fontes: WWF Brasil, Agência Brasil, ICMBIO, ISPN, Fundação Florestal e Senado
VEJA DESTINOS TURÍSTICOS NO CERRADO
CARAÇA
(Minas Gerais)
A 120 km de BH, entre as cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, o santuário é conhecido pelas trilhas e pelas emocionantes visitas noturnas do lobo-guará, símbolo do Cerrado. SAIBA MAIS
BONITO
(Mato Grosso do Sul)
A 265 km de Campo Grande, tem flutuações no rio mais cristalino do Brasil, grutas milenares e até esportes radicais como um rapel de 72 metros de altura, dentro de um abismo. SAIBA MAIS
CHAPADA DOS GUIMARÃES
(Mato Grosso)
A menor chapada do Brasil se agiganta em uma sequência de mais de 150 km ininterruptos de paredões de arenito que abraçam a região em forma de muralhas imponentes. CONFIRA ATRAÇÕES
SERRA DO RONCADOR
(Mato Grosso)
Área de transição entre a Amazônia e o Cerrado, é uma cadeia montanhosa com trilhas de baixa dificuldade, piscinas naturais aos pés de cachoeiras e sítios arqueológicos. VEJA VÍDEO
JALAPÃO
(Tocantins)
O destino é terra de contradições. É desértico e, ao mesmo tempo, fonte de águas cristalinas, daí o título “Deserto das Águas”, onde ficam atrações como cachoeiras, rios e fervedouros. VEJA ATRAÇÕES
CHAPADA DOS VEADEIROS
(Goiás)
Formada por cinco cidades (Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Teresina de Goiás, Colinas do Sul e São João d’Aliança), a região é um dos destinos mais visitados do estado. VEJA DICAS
CHAPADA DAS MESAS
(Maranhão)
É daqueles lugares onde cachoeiras lapidam pedras em corredor estreito de cânion, finais de tarde pintam pedra fincada no meio do rio e turista tem a sensação de ser o primeiro a chegar. O QUE FAZER
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