Brasil do tempo da pedra: sítios arqueológicos imperdíveis

Segundo o Ministério do Turismo (MTur), o Brasil é endereço de mais de 26 mil sítios arqueológicos, registrados junto ao IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Lindos de ver, mas ainda desconhecido do grande público, que tem preferido ir onde todo turista vai.

Confira abaixo uma seleção de destinos do gênero, preparada pelo MTur, que indica lugares que apresentam relevância científica para a compreensão da história da humanidade.

Vale do Catimbau (foto: Eduardo Vessoni)

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Parque Nacional do Catimbau
(Buíque / Pernambuco)

O segundo maior parque arqueológico do Brasil guarda 30 sítios arqueológicos, onde o visitante pode ver obras ancestrais com diferentes técnicas e estilos de pintura, na Capital Pernambucana da Arte Rupestre.

A 290 quilômetros do Recife, o Vale do Catimbau é conhecido pelas cerca de 13 trilhas oficiais que levam a cenários únicos como um anfiteatro natural que foi usado para rituais sagrados e uma formação rochosa mais diferente do que a outra.

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Parque Nacional Serra da Capivara
(São Raimundo Nonato / Piauí)

Essa unidade de conservação, no sul do Piauí, é um dos maiores e mais importantes complexos de arte rupestre não só do Brasil, mas do mundo.

São mais de sete mil pinturas de até 11 mil anos, que retratam cenas da vida cotidiana, como caça, pesca e coleta de frutos, além de animais, plantas e figuras míticas.

No entanto, infelizmente, a Serra da Capivara é um dos parques nacionais menos visitados pelo brasileiro, segundo o estudo “Parques do Brasil – Percepções da População”, do Instituto Semeia, ICMBIo (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e Instituto Ekos Brasil.

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Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
(Januária, Itacarambi e São João das Missões / Minas Gerais)

Fica na região norte de Minas Gerais e é considerado um importante sítio arqueológico com pinturas rupestres, sítios funerários e sambaquis que retratam cenas da vida cotidiana, como caça, pesca e coleta de frutos, bem como animais, plantas e figuras míticas.

Criado em 1999 e reestruturado, pouco antes do início da pandemia, essa Unidade de Conservação tem mais de 140 cavernas e mais de 80 sítios arqueológicos e pinturas rupestres de até nove mil anos.

Cavernas do Peruaçu (foto: Fernando Tatagiba/ICMBIO)

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Sítio Arqueológico do Marajó
(Salvaterra / Pará)

A maior ilha fluviomarítima do planeta guarda sítios funerários e sambaquis, montes de conchas que foram construídos por povos pré-coloniais para fins funerários.

Aliás, esse foi um dos quatro sítios arqueológicos descobertos em Marajó, a partir de peças encontradas após erosão e seca em rios do arquipélago.

Parque Arqueológico do Solstício
(Calçoene / Amapá)

A mais de 370 quilômetros da capital Macapá, esse atrativo ficou conhecido como a ‘Stonehenge da Amazônia’, em referência à estrutura de rochas de até cinco metros de altura, na Inglaterra.

Além de pinturas rupestres, o atrativo brasileiro tem um curioso círculo megalítico constituído por 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina, estimado entre 500 e 2 mil anos.

Parque Arqueológico do Solsticio (foto: Creative Commons)

Sítio Arqueológico Pedra Pintada
(Pacaraima / Rondônia)

Embora fique em uma área particular, a 140 quilômetros de Boa Vista, o local está aberto também para visitação.

São diversos itens da pré-história brasileira, como pinturas rupestres, pedaços de cerâmica, cavernas funerárias e ferramentas, entre outros artefatos.

Sítio Arqueológico São João Batista
(Entre-Ijuís / Rio Grande do Sul)

É conhecido como a primeira fundição de ferro da América Latina e também pelas variadas habilidades artísticas da região, como a arquitetura e a produção de instrumentos musicais.

O local guarda ruínas remanescentes da época das missões jesuítas, como restos da estrutura de um cemitério, igreja e colégio, além de estradas e barragens históricas.


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