Dia Mundial do Livro: dicas de títulos para quem gosta de viajar

Criado em 1995, na Conferência Geral da UNESCO, o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais é celebrado em 23 de abril para prestar uma homenagem aos livros e aos autores de todo o mundo.

A data foi escolhida por ser o dia em que vários autores famosos morreram, como William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega.

O Viagem em Pauta selecionou alguns livros para quem quer cair na estrada sem sair do sofá (ou então viajar, literalmente, bem acompanhado de um livro).

scouts sitting beside a tent
cottonbro studio / Pexels.com

Volta ao Mundo em 72 dias
Editora ÍMÃ

Em 1889, a pioneira do jornalismo investigativo Nellie Bly decidiu desbancar o clássico ‘A Volta ao Mundo em 80 Dias’, de Júlio Verrne, e fez o mesmo roteiro em menos tempo. Para isso, tomou vapores, trilhou ferrovias e subiu em riquixás para provar que a estrada também é lugar de mulheres.

Entre os locais visitados estão Inglaterra, França, Itália, Egito, Iêmen, Ceilão (atual Sri Lanka), Malásia, Singapura, Hong Kong e Japão.

Nellie Bly, LIVRO
Domínio Público

SAIBA MAIS: “Nellie Bly: a lunática que deu a volta ao mundo”


Coletânea “Cecília Meireles – Crônicas de viagem”
Editora GLOBAL

Box com três livros com textos em prosa sobre a estrada, escritos entre 1941 e até bem pouco antes de sua morte, em novembro de 1964.

A partir de textos dos arquivos da família da poeta, alguns deles sem indicação de data ou dispersos em jornais e revistas, “revela-se toda a rica experiência humana de Cecília Meireles em seu contato reflexivo com as pessoas e com o mundo”, como descreve o organizador da obra, Leodegário A. de Azevedo Filho.

foto: Acervo Pessoal de Cecília Meireles
TAMARA KLINK

Crescer e Partir
Editora Peirópolis

Tamara Klink conta as histórias de sua primeira viagem em solitário, entre a Noruega e a França, no pequeno veleiro ‘Sardinha’ que comprou, aos 24 anos, sem que a família soubesse ou tivesse tempo de dissuadi-la da ideia.

SAIBA MAIS: “As viagens de Tamara Klink, a menina que cresceu e partiu”

Viagem
Editora José Olympio

Depois de viajar “como barata doida” por destinos como Ucrânia e Geórgia, o escritor alagoano Graciliano Ramos registrou sua experiência nesse livro póstumo de 1954, um ano após sua morte. Recentemente, a obra ganhou uma nova edição com ilustrações de Cândido Portinari na capa e fotografias raras de Graciliano durante a viagem.

SAIBA MAIS: “Viagem de Graciliano Ramos na União Soviética ganha nova edição”

Divulgação


O Caldeirão da Velha Chica e Outras Histórias Brasileiras
Editora Folhas de Relva Edições

Nessa espécie de crônica para “comer”, o jornalista Alexandre Staut reúne em textos curtos as mais de 40 entrevistas que fez, entre 2006 e 2013, enquanto viajava pelo Brasil, visitando aldeias indígenas, comunidades quilombolas, cidades e florestas.

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Pigalle
editora Alta Books

O segundo livro do roteirista e cineasta André Bushtsky não é sobre “chegar”, muito menos “estar” na região turística de Paris que dá nome à obra. Pigalle, o bairro, é o ponto de partida para as 50 crônicas dessa obra que aborda os mais variados temas.

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Os crepúsculos não cabem no mundo
Editora Patuá

Em seu livro de estreia, o jornalista Eduardo Vessoni, editor do Viagem em Pauta, traz crônicas com curiosidades sobre as experiências do (antiviajante) Mário de Andrade, reunidas após uma extensa pesquisa de três anos em livros, crônicas, cartas, fotografias e cartões-postais escritos pelo poeta.

SAIBA MAIS: “Livro relembra as viagens de Mário de Andrade”


A Fronteira
Editora Âyiné

A antropóloga norueguesa Erika Fatland relata sua viagem por 14 países e três repúblicas separatistas, em que tenta compreender a influência que a Rússia ainda tem sobre nações vizinhas, reconhecidas mundialmente ou não, como a China, Mongólia, Ucrânia, Azerbaijão, além de países bálticos e escandinavos.

Erika Fatland no Turcomenistão (foto: Arquivo Pessoal)

SAIBA MAIS: “Quem é a viajante que vai para onde ninguém quer ir”


A expedição Kon-Tiki
editora José Olympio

Durante 101 dias, o norueguês Thor Heyerdahl, acompanhado de outros cinco homens e de um papagaio, viajou numa jangada de madeira para provar sua teoria de que a Polinésia Francesa foi povoada por povos da América do Sul.

foto: Kon-Tiki Museum / Thor Heyerdahl Archives

SAIBA MAIS: “A incrível travessia do oceano Pacífico numa jangada”


Até o fim do mundo
Editora Objetiva

Paul Theroux reúne suas crônicas de viagens publicadas em seis obras anteriores do autor, entre elas, “O Grande Bazar Ferroviário”, best seller de 1975 em que descreve deslocamentos sobre trilhos entre a Europa e a Ásia, da caótica Índia aos aborrecimentos na Transiberiana.

SAIBA MAIS:““Até o fim do mundo”: as viagens de trem de Paul Theroux”

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