A gente nem precisa perder tempo com argumentos para convencê-lo de que, sim, vale a pena investir em uma viagem para Fernando de Noronha.
É ali que fica uma das praias mais lindas do Brasil, dona de uma das águas nacionais mais cristalinas e com maior visibilidade. Mas isso não é tudo.
Esse arquipélago a 545 km do Recife (PE) tem também trilhas para todos os perfis de visitantes, vida animal exibida e até, vejam só, uma cachoeira temporária que escorre por paredões rochosos numa baía de acesso inusitado.
Democrática para todos os orçamentos, na medida do possível, Noronha tem bons motivos para ser seu próximo destino.
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5 motivos para visitar Fernando de Noronha
Nem tudo é pago
Visitar o paraíso na Terra tem seu preço e, no caso de Fernando de Noronha, os custos são bem altos, sejamos realistas. Mas é possível, sim, desembarcar naquelas terras exibidas sem estourar o orçamento.
Para isso, o Viagem em Pauta recomenda algumas das atrações gratuitas na ilha, como as praias urbanas do Cachorro, do Meio e da Conceição, que podem ser visitadas por conta própria, em caminhadas breves, a partir da Vila dos Remédios.
Grátis e autoguiada, a Costa Esmeralda é uma trilha de 5 km de extensão, aproximadamente, e com nível médio de dificuldade. A caminhada leva a oito praias do Mar de Dentro, entre a do Cachorro e à Baía dos Porcos.
Embora não conte com sinalização e tenha alguns trechos que confundem, a trilha pode ser feita tanto de forma independente como acompanhada de um guia, contratado nas agências de turismo da Vila dos Remédios.
Tem os melhores pontos de mergulho do Brasil
A ausência de águas de rios e seus sedimentos garantem ao destino águas claras com visibilidade que pode chegar a 50 metros.
Já sua geografia é marcada por uma variedade topográfica que reúne diversos cenários, em um mesmo ponto de mergulho. Sem falar na temperatura média de 27º e na variedade de vida marinha.
Entre suas 21 ilhas e ilhotas, a Ilha do Meio é o melhor ponto do destino para batismo de mergulhadores não certificados. O local é conhecido pelas pequenas cavernas de fácil acesso e por um canal com fauna subaquática variada, entre os mares de fora e de dentro.
Com mar mais agitado e formado por grutas submersas, o Buraco do Inferno é outro ponto ideal para mergulhos, cujo fundo de areia permite a observação de arraias e tubarões.
Tem número recorde de tartarugas
Todo mês de dezembro é a mesma história: centenas de tartarugas-verdes desovam em ilhas oceânicas, como Fernando de Noronha, Atol das Rocas (RN) e Trindade (ES).
Só na ilha pernambucana são cerca de 350 desovas por temporada, em áreas de parque nacional, como a Praia do Leão, que recebe cerca de 60% de todos os ninhos encontrados na ilha.
Na temporada 2024/2025, por exemplo, o Projeto Tamar de Noronha registrou cerca de 800 ninhos, praticamente, o dobro do encontrado em 2017, quando o projetou registrou 424 ninhos feitos pela espécie tartaruga-verde, a única que desova no arquipélago.
A dica do Viagem em Pauta é a captura intencional de tartarugas, atividade científica do Projeto Tamar, na Praia do Sueste, às segundas e quintas. As atividades dos biólogos, como marcação e biometria do animal, podem ser acompanhadas pelo público, gratuitamente, nas areias da praia.
Tem a maior concentração de golfinhos do mundo
A Baía dos Golfinhos se destaca pela alta concentração de golfinho-rotador, espécie oceânica e tropical conhecida por saltar fora d’água e realizar até sete rotações em torno do próprio eixo.
Segundo o projeto Golfinho Rotador, esses cetáceos marcam presença por ali em 94% dos dias do ano, quando grupos de até mais de 2 mil golfinhos entram na baía para descanso, reprodução, cuidado de filhotes ou busca de proteção contra ataques de tubarões.
Tem cachoeira, sim, senhor
Entre março e junho, apesar da temporada das chuvas, a ilha ganha cachoeiras temporárias que se formam nos paredões por trás da Praia do Sancho, no Mar de Dentro.
O acesso à praia é feito por lances de uma escada vertical na fenda de uma rocha. Uma vez na praia, os visitantes devem seguir até o final dessa faixa de areia de 320 metros de extensão, onde são recebidos com quedas escondidas na vegetação que, nesta época do ano, ganha tons esverdeados vivos por conta das chuvas.
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