Museu em Taiwan é dedicado aos terremotos

Tremores de terra não são novidades na ilha de Taiwan, Estado insular a 160 quilômetros da China continental com extenso histórico de fortes eventos do gênero com magnitudes superiores a 7.

O mais recente aconteceu na última terça-feira, 2 de abril, às 20h50 (horário de Brasília) na costa leste da ilha.

De acordo com o Centro de Sismologia da USP, esse terremoto de magnitude 7,4 foi resultado das interações entre as placas do Mar das Filipinas e da Eurásia, e é um dos seis outros terremotos de magnitude 7 ou superior, nos últimos 50 anos.

A relação com o assunto é tão marcada na população taiwanesa que a ilha tem até um museu dedicado aos terremotos.

Templo WuChang (foto: Wikimedia Commons)

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Museu do terremoto em Taiwan

Localizado no distrito de Wufeng, no centro-oeste da ilha, o 921 Earthquake Museum of Taiwan (‘Museu do Terremoto 921 de Taiwan’, em tradução livre) foi criado para lembrar o último grande abalo em território taiwanês, há 25 anos.

No dia 21 de setembro de 1999 – daí o nome do museu -, à 1h47, Taiwan sofreu um dos piores desastres naturais do século passado, cujo terremoto de magnitude 7,3 devastou parte do centro da ilha.

O sismo Jiji aconteceu na cidade homônima, no Condado de Nantou, matando mais de 2.400 pessoas e deixando mais de 11 mil feridos. Na época, os danos materiais foram calculados em 10 bilhões de dólares, aproximadamente.

Ruínas ao lado do 921 Earthquake Museum (foto: Tourism Bureau Taiwan/Reprodução)

Criado em 2001, o museu guarda inclusive os danos causados pelo JiJi, como o desabamento de edifícios vizinhos que seguem com suas ruínas expostas para que as gerações futuras se atentem à prevenção de terremotos e medidas de socorro em desastres do tipo.

Por isso, o 921 Earthquake Museum of Taiwan é considerado “um precioso material didático para as ciências naturais”, cujas cinco salas de exposição são divididas em temas como “Sala de Engenharia de Terremotos”, “Sala de Prevenção de Desastres” e a “Galeria de Falhas de Chelungpu”, que cruza a falha geológica onde ocorreu o terremoto.

Para destacar a paisagem em ruínas e as estruturas danificadas ao redor, o arquiteto circundou as alterações geológicas com as cinco salas de exposição.

Preservar ruínas de terremotos passados, porém, não é raridade em Taiwan.

Um dos cenários mais impactantes é o templo WuChang, que repousa até hoje ao lado dos destroços da construção original, de 1923, destruída também pelo terremoto de 1999, em Jiji, epicentro do terremoto, em Nantou, o segundo maior condado de Taiwan.

Nesse cenário surreal, o visitante ainda pode ver no chão o que sobrou da construção original, como a metade superior do edifício e o telhado, ao lado do novo templo erguido ao lado das ruínas.

No vídeo acima, a partir de 1:16, você conhece as ruínas do templo, captadas durante a passagem do Viagem em Pauta, em Taiwan.

SAIBA MAIS

921 Earthquake Museum of Taiwan
192, Xinsheng Road – Wufeng District, Taichung City, Taiwan

De terça a domingo, das 9h às 17h

ingresso: NT $50 (cerca de R$ 8)


CONHEÇA TAIWAN

Se na capital Taipei parece faltar espaço, no centro dessa ilha menor do que a Paraíba, entre as Filipinas e a China continental, a sensação é a de ser o primeiro a passar por ali.

E foi essa Taiwan que eu vi.

Fui surpreendido com macaco na beira da estrada, acenei para senhoras de vilarejos isolados que pareciam nunca ter visto estrangeiros e cruzei caminhos estreitos sobre precipícios escondidos em nuvens densas.

Durante quatro dias, pedalei 158 quilômetros entre Yuanlin, na costa oeste da ilha, e o ponto mais alto do Parque Nacional Taroko, a montanha Wuling, a 3.275 metros de altitude, o local mais alto de toda Taiwan com acesso para automóveis.

No site do Viagem em Pauta (viagemempauta.com.br) ou no vídeo abaixo, você encontra mais detalhes da experiência sobre duas rodas, em Taiwan.

SAIBA MAIS: “Bike em Taiwan: conheça uma das ciclovias mais cênicas do mundo”

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