Dia dos Pais: dicas de livros para quem gosta de viajar


Se neste Dia dos Pais não vai dar para levar o seu para uma viagem mais demorada, na lista abaixo você encontra algumas dicas de livros para pais que gostam de viajar.

Entre as 13 opções de viagem sem sair de casa, o editor do Viagem em Pauta selecionou títulos dedicados a expedições cheias de perrengues, ao militar francês que viajou dentro do próprio quarto, após ser confinado em uma fortaleza, e até, vejam só, a versão hippie do premiado escritor Paulo Coelho.

No Brasil, o Dia dos Pais será comemorado no próximo domingo, 11 de agosto.

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Toa Heftiba Şinca / Pexels.com

* Esta seleção foi feita pelo editor do Viagem em Pauta e não tem nenhum vínculo comercial com as editoras.

** No Destaque do site (viagemempauta.com.br) você encontra o texto original com as resenhas dos títulos citados abaixo.


A expedição Kon-Tiki
de Thor Heyerdahl
(editora José Olympio)

Durante 101 dias, o norueguês Thor Heyerdahl, acompanhado de outros cinco homens e de um papagaio, viajou numa jangada de madeira para provar sua teoria de que a Polinésia Francesa foi povoada por povos da América do Sul.

Kon-Tiki Museum / Thor Heyerdahl Archives

SAIBA MAIS: “A incrível travessia do oceano Pacífico numa jangada”

Nas selvas do Brasil
de Theodore Roosevelt
(Edições do Senado Federal – volume 141)

Liderada por Cândido Rondon, a Expedição Científica Rondon-Roosevelt, entre 1913 e 1914, durou cinco meses, dos quais 48 dias sem ver um ser humano sequer naquelas florestas intratáveis. Roosevelt era um dos integrantes de uma viagem que mapearia o Rio da Dúvida, entre Rondônia e o Amazonas.

Roosevelt e Rondon_dominio público
Roosevelt e Rondon (foto: Domínio Público)

SAIBA MAIS: “Perrengues do presidente dos EUA no Brasil fazem 110 anos”

A Expedição Fawcett: jornada para a cidade perdida de Z
Brian Fawcett (org.)
(editora Record)

E por falar em perrengue em florestas isoladas, esse livro traz textos inéditos organizados por Brian Fawcett, filho mais novo do explorador britânico Percy Fawcett, que encasquetou que no miolo do Brasil ficava um portal para uma cidade perdida lotada de ouro.

Sua alma curiosa levaria Fawcett, seu filho Jack e um amigo para outras dimensões, daquelas de onde ninguém voltava.

SAIBA MAIS: “Textos inéditos do coronel Fawcett são lançados no Brasil”

Volta ao Mundo em 72 dias
de Nellie Bly
(Editora ÍMÃ)

Em 1889, a pioneira do jornalismo investigativo decidiu desbancar o clássico ‘A Volta ao Mundo em 80’, de Júlio Verrne, e fez o mesmo roteiro em menos tempo. Para isso, tomou vapores, trilhou ferrovias e subiu em riquixás para provar que a estrada também é lugar de mulheres.

Entre os locais visitados estão Inglaterra, França, Itália, Egito, Iêmen, Ceilão (atual Sri Lanka), Malásia, Singapura, Hong Kong e Japão.

SAIBA MAIS: “Nellie Bly: a lunática que deu a volta ao mundo”

Viagem ao redor do meu quarto
de Xavier de Maistre
(Editora 34)

Em 42 capítulos breves, sobrou imaginação para esse militar francês fazer uma viagem, “seja lá aonde ela nos queira levar”, dentro do quarto, durante o confinamento forçado por 42 dias, em uma fortaleza de Turim, após um duelo.

Até Nietzsche e Machado de Assis teriam embarcado na proposta da viagem do francês (o escritor carioca, inclusive, confessou certa vez que bebeu no texto do confinado para escrever ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’).

SAIBA MAIS: ‘Viagem ao redor do meu quarto’: o Big Brother do século 18″

Viagem
Graciliano Ramos
(Editora José Olympio)

Depois de viajar “como barata doida” por destinos como Ucrânia e Geórgia, o escritor alagoano registrou sua experiência em ‘Viagem’, livro póstumo de 1954, um ano após sua morte. Recentemente, a obra ganhou uma nova edição com ilustrações de Cândido Portinari na capa e fotografias raras de Graciliano durante a viagem.

foto: Divulgação

SAIBA MAIS: “Viagem de Graciliano Ramos na União Soviética ganha nova edição”

Hippie
Paulo Coelho
(Companhia das Letras)

O premiado escritor brasileiro relata a experiência no Magic Bus, como era conhecida a viagem alternativa de ônibus até o lado de lá do mundo, nos anos 70. Considerado seu livro mais autobiográfico, o autor descreve também suas experiências em Machu Picchu, no Peru, Amsterdã, na Holanda, e até um perrengue que teve em Vila Velha, no Paraná.


Até o fim do mundo
Paul Theroux
(Editora Objetiva)

Reúne crônicas de viagens publicadas em seis obras anteriores do autor, entre elas “O Grande Bazar Ferroviário”, best seller de 1975 em que descreve deslocamentos sobre trilhos entre a Europa e a Ásia, da caótica Índia aos aborrecimentos na Transiberiana.

SAIBA MAIS: ““Até o fim do mundo”: as viagens de trem de Paul Theroux”

Sovietistão
Erika Fatland
(Editora Ayine)

É uma viagem por 14 países e três repúblicas separatistas, em mais de 60 mil quilômetros de fronteiras elásticas, influenciadas pela Rússia, como a China, Mongólia, Ucrânia, Azerbaijão, além de países bálticos e escandinavos.

SAIBA MAIS: “Conheça a viajante que vai para países onde ninguém quer ir”

O verde violentou
o muro
de Ignácio de Loyola Brandão
(Editora Global)

Entre 1982 e 1983, Ignácio morou em Berlim, cuja experiência deu origem a esse livro delicioso que mapeia e revela a capital alemã. Em 84 caderninhos, o escritor registrou desde o conserto do vaso sanitário do apartamento alemão onde morou às viagens aleatórias de ônibus, a fim de ganhar novas histórias.

SAIBA MAIS: “Ignácio e o Muro de Berlim, 40 anos depois”

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Os crepúsculos não cabem no mundo
Eduardo Vessoni
(Editora Patuá)

Em seu livro de estreia, o editor do Viagem em Pauta traz crônicas com curiosidades sobre as experiências do (antiviajante) Mário de Andrade, reunidas após uma extensa pesquisa de três anos em livros, crônicas, cartas, fotografias e cartões-postais.

SAIBA MAIS: “Livro relembra as viagens de Mário de Andrade”

Coletânea “Cecília Meireles – Crônicas de viagem”
(editora GLOBAL)

Box com três livros com textos em prosa sobre a estrada, escritos entre 1941 e até bem pouco antes de sua morte, em novembro de 1964.

A partir de textos dos arquivos da família da poeta, alguns deles sem indicação de data ou dispersos em jornais e revistas, “revela-se toda a rica experiência humana de Cecília Meireles em seu contato reflexivo com as pessoas e com o mundo”, como descreve o organizador da obra, Leodegário A. de Azevedo Filho.

foto: Acervo Pessoal de Cecília Meireles

SAIBA MAIS: “Cecília Meireles, a anti-turista que fez poesia com suas viagens”

Pigalle
de André Bushatsky
(Editora Alta Books)

Esse roteirista e cineasta reúne 50 crônicas que abordam os mais variados temas, escritas durante sua temporada em Pigalle, bairro boêmio de Paris. Entre textos curtos e deliciosas divagações viageiras, o autor vai da trilha sonora para piqueniques ao dia em que Pedro perdeu um… planeta.

SAIBA MAIS: “Livro faz viagem por Pigalle, bairro boêmio de Paris”

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