Destinos turísticos nacionais que os brasileiros ainda não conhecem

Todo brasileiro sabe de cor os nomes dos destinos turísticos nacionais mais cobiçados, mesmo sem ter colocado os pés em lugares como a Amazônia, Nordeste ou Foz do Iguaçu.

Porém, muito além dos folhetos turísticos, existe um país que se esconde em endereços que poucos conhecem.

Entre as sugestões de lugares diferentões tem a única cordilheira do Brasil, um destino que já foi chamado de Portal para Atlântida e até um parque nacional, isolado em alto mar, que a gente custa a acreditar que existe.

Santuário das Araras (foto: Eduardo Vessoni)


Destinos turísticos nacionais

ESPINHAÇO
Minas Gerais

Conhecida pela Unesco como Reserva Mundial da Biosfera e maior cadeia de montanhas do Brasil, a Cordilheira do Espinhaço é formada pelo segundo maior conjunto de montanhas da América Latina e é considerada a única cordilheira do Brasil

A região abrange três biomas (Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga), em 172 municípios, em uma área de mil quilômetros de extensão. 90% da cordilheira se localiza em Minas Gerais e os outros 10%, na Bahia, passando pela Chapada Diamantina.

Além das atividades de montanhismo e de geologia, a região tem cânions, lagos, rios, cachoeiras e trilhas de diferentes níveis, espalhados em unidades de conservação como o Parque Estadual de Grão Mogol, o Parque Nacional da Serra do Cipó e o Parque Nacional das Sempre-Vivas.

SAIBA MAIS: “Espinhaço: onde fica a única cordilheira do Brasil”

SERRA DO RONCADOR
Mato Grosso

Esse destino de turismo de aventura, em área de transição entre a Amazônia e o Cerrado, é rodeado por uma cadeia montanhosa que se estende até o Pará.

É conhecido por atrativos como trilhas de baixa dificuldade, sítios arqueológicos, piscinas naturais aos pés de cachoeiras (aos montes, diga-se de passagem) e formações rochosas do Vale dos Sonhos.

Destino de esotéricos e viajantes aventureiros, a Serra do Roncador, cujo nome seria uma referência o som do vento que rasga fendas nas rochas, já foi chamada de Portal para Atlântida e acesso para a Terra Oca, uma espécie de cidade intraterrena.

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ABROLHOS
Bahia

Formado por cinco ilhas, esse arquipélago no sul do estado tem umas das maiores biodiversidades do Brasil e abriga espécies únicas no mundo, como o coral-cérebro da Bahia e os chapeirões, impressionantes colunas de corais que emergem do fundo do mar, em forma de cogumelos gigantes.

No entanto, Abrolhos não é turismo para quem procura aventura terrestre, exceto na ilha Siriba, onde monitores do ICMBIO conduzem visitantes por uma trilha curta para observação de grazinas e atobás-brancos.

O melhor do destino fica no mar, onde dá para fazer snorkel, ver naufrágios e mergulhar com cilindro, em saídas que podem ser um bate e volta, a partir de Caravelas ou Prado, ou de até três dias, em liveaboards com cabines, refeições e atividades de mergulho.

foto: Enrico Marcovaldi/Miramundos

SAIBA MAIS: “O que fazer em Abrolhos, no extremo sul da Bahia”

CATIMBAU
Pernambuco

A 290 km do Recife, Buíque é uma das principais portas de entrada para o Vale do Catimbau, daqueles lugares que a gente custa a acreditar que existe.

A principal atração é o Parque Nacional do Catimbau, área protegida de 62 mil hectares, criada em 2002, e com cerca de 13 trilhas oficiais, em meio a formações geomorfológicas e 30 sítios arqueológicos catalogados pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) que deram ao Catimbau o título de Capital Pernambucana da Arte Rupestre.

Por ali, todas as trilhas devem ser feitas, obrigatoriamente, com um guia cadastrado, cuja associação fica na vila do Vale do Catimbau, distrito de Buíque. A mais impactante delas é a Trilha do Santuário (7 km, ida e volta), que tem como ponto máximo um anfiteatro natural de pedras que um dia foi usado como lugar sagrado para rituais indígenas.

SAIBA MAIS: “Buíque é porta de entrada para o Vale do Catimbau”

CHAPADA DAS MESAS
Maranhão

Fica no sudoeste do estado, a 220 km de Imperatriz.

Essa chapada é uma sequência de platôs em forma de mesa que escondem cachoeiras, cânions e formações rochosas milenares, em dez municípios, entre eles Carolina e Riachão.

O atrativo mais conhecido é o parque nacional que leva o nome do destino, uma área de cerca de 160 mil hectares, considerada um dos setores de preservação mais novos do Brasil e endereço das potentes cachoeiras do Prata e de São Romão.

Mas tem também passeios no rio Tocantins, mirantes naturais com vista para o Morro do Chapéu, trilhas molhadas em meio a cânions e piscinas naturais de águas, exageradamente, azuladas, como o Encanto Azul.

SAIBA MAIS: “O que fazer na Chapada das Mesas”


LENÇÓIS PIAUIENSES
Piauí

Nesses Lençóis o Brasil recebe visitantes com um cenário pouco conhecido por quem viaja pelo Nordeste.

É inevitável a comparação com o vizinho Maranhão, mas é tudo tão recente que as atividades turísticas por ali começaram apenas em 2017. Por isso, por onde se vá, a sensação é de ser o primeiro a chegar.

A oito quilômetros do centro de Parnaíba, começa o passeio guiados de bugue nos Lençóis Piauiense, em que os turistas rodam cerca de 30 km de dunas, a bordo de quadriciclos semiautomáticos.

SAIBA MAIS: “Lençóis Piauienses: o Nordeste no ritmo do vento”

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