Sem dinheiro e tempo, 59% dos brasileiros não irão viajar neste verão

No final do ano passado, o Ministério do Turismo divulgou os resultados da pesquisa inédita Tendências de Turismo Verão 2025, realizada pelo MTur e pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, sobre o comportamento dos viajantes brasileiros.

De acordo com a pesquisa, mais de um terço (35%) dos brasileiros planejavam viajar a lazer entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, o equivalente a 59 milhões de pessoas com planos para aproveitar a estação mais cobiçado do lado de cá do mundo.

Ainda de acordo com o MTur, a expectativa é que este verão deve movimentar R$ 148,3 bilhões, só no setor de turismo, considerando o gasto médio de R$ 2.514 declarado pelos entrevistados.

Entre 14 e 28 de outubro de 2024, a Nexus realizou 5.542 entrevistas domiciliares com pessoas a partir de 16 anos, nas 27 Unidades da Federação (UFs). A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%.

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foto: Bia Santana / Pexels.com

Veja tendências do turista brasileiro

Dos 35% dos brasileiros que disseram que iriam viajar a lazer neste verão, entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, 54% deles escolheriam destinos de sol e praia, no Brasil. Apenas 4% disseram que fariam uma viagem internacional.

Curiosamente, entre os 10 estados mais procurados para a época, ainda de acordo com a pesquisa, São Paulo lidera com 15%, seguido de Bahia (16%), Rio de Janeiro (14%), Santa Catarina (12%), Ceará (9%), Pernambuco (6%), Minas Gerais (5%), Rio Grande do Sul e Paraná (ambos com 4% de intenção), e Alagoas e Maranhão (3% cada um).

Com os altos custos das passagens (aéreas, sobretudo), o brasileiro pretende também viajar com carro próprio (40%), seguido de ônibus (28%) e avião (27%).

Os meios de hospedagem também pesam na hora de organizar uma viagem, por isso, 47% afirmou que ficaria em casa de amigo ou parente, frente aos 25% que respondeu “hotel” e 17% “pousada”.

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Andrea Piacquadio / Pexels.com

Já quem não irá realizar uma viagem a lazer no verão, os principais motivos são: “Não possui condições financeiras” (44%), “Valor da passagem/hospedagem” (17%) “Não se planejou/não tem mais tempo para planejar” (15%), “Falta de tempo/não tem férias no período” (14%), entre outros motivos.

Apesar dos números apresentados, o ministro do Turismo, Celso Sabino, vê o setor com otimismo.

“O turismo brasileiro vive um momento de quebra de recordes e bons resultados para o setor e a temporada de verão será decisiva para um 2025 ainda melhor”, declarou em nota.

Com o aumento da duração do período da viagem, média de 12 dias nesta temporada, de acordo com o MTur, fatores como belezas naturais, preço baixo e a possibilidade de reencontrar familiares e amigos se destacaram entre os principais motivos na hora de escolher um destino turístico.

“Os brasileiros seguem valorizando as belezas naturais do país e vão passar mais tempo de férias, além de gastar mais, movimentando a economia dos estados, promovendo uma maior circulação da renda que, neste verão, deve chegar a R$ 148,3 bilhões, um valor expressivo considerando um único setor”, concluiu Sabino.

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