Na última sexta-feira, 31 de janeiro, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) oficializou a tão esperada candidatura à Lista do Patrimônio Mundial da Unesco de dois teatros amazônicos: o Teatro da Paz, em Belém (PA), e o Teatro Amazonas, em Manaus (AM).
Em parceria com o MRE (Ministério das Relações Exteriores), a oficialização da candidatura teve entrega de dossiê com a documentação elaborada por um grupo técnico formado pelo Iphan, pelas secretarias de cultura dos estados do Amazonas e do Pará, e das secretarias de cultura das capitais de ambos estados.
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O próximo passo é a análise do dossiê pela Unesco, via Comitê do Patrimônio Mundial, formado por 23 países signatários da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Unesco. Se cumpridos os requisitos, a candidatura poderá compor a pauta do comitê para o potencial reconhecimento desses bens culturais.
“Levar a candidatura dos Teatros da Amazônia para reconhecimento internacional se alinha ao compromisso do Iphan de promover, valorizar e democratizar o Patrimônio Cultural Brasileiro”, destacou o presidente do Iphan, Leandro Grass, em nota.
Theatro da Paz
Belém – Pará
Inspirado no Scala de Milão, na Itália, e primeira casa de espetáculos da Amazônia, esse teatro foi fundado em 15 de fevereiro de 1878, em pleno auge do Ciclo da Borracha.
Apesar de Belém ser considerada na época “A Capital da Borracha”, a cidade ainda não contava com um teatro de grande porte para receber espetáculos líricos, cujo projeto ficou a cargo do engenheiro militar José Tibúrcio de Magalhães.
O espaço, que conta com visitas guiadas, é conhecido por seus belos afrescos nas paredes e teto, e é considerado um dos Teatros-Monumentos do Brasil.
SAIBA MAIS: theatrodapaz.com.br
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Teatro Amazonas
Manaus – Amazonas
Esse teatro imponente no Largo de São Sebastião, no Centro de Manaus, data de 31 de dezembro de 1896, e é Patrimônio Histórico Nacional, desde 1966.
Os destaques dessa construção de estilo arquitetônico renascentista são a sua cúpula com 36 mil peças nas cores da bandeira brasileira, importadas da Alsácia, na França, o interior com paredes de aço de Glasgow, na Escócia, e os 198 lustres e o mármore de Carrara das escadas trazidos da Itália.
Outra curiosidade é o pano de boca do teatro, uma peça confeccionada em 1894 pelo artista brasileiro Crispim do Amaral, quem descreveu o encontro dos rios Negro e Solimões.
SAIBA MAIS: @instagram.com/teatroamazonas
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* com informações do Iphan, do Theatro da Paz e da Secretaria de Estado de Cultura do Amazonas
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