1ª volta ao mundo ganha animação da Disney

A fixação em encontrar alternativas para chegar às especiarias do Oriente não só redefiniria os mapas do planeta como também ficaria conhecida como a primeira volta ao redor do mundo.

Durante os três anos de viagem, a tripulação se assombraria com a fartura de comidas no Brasil, faria contatos com gigantes da Patagônia, seria os primeiros a cruzar o oceano Pacífico e conheceria o “maior e mais perigoso cabo conhecido da terra”.

Parece até coisa de cinema. E se não era, agora é.

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imagem: Reprodução

A plataforma Disney+ adicionou recentemente a seu catálogo de filmes a animação “Elcano e Magalhães: a 1ª volta ao mundo”. Originalmente em espanhol, o filme recria a viagem de Fernão de Magalhães que começou na Espanha, em 1519, e terminou, tragicamente, em 1522.

Entre os destaques da viagem retratada na animação da Disney estão a “descoberta” de três ícones naturais da América do Sul, por onde a expedição encontrou a rota pelo oeste em direção à Ásia.

Um deles foi o Estreito de Magalhães, passagem no extremo sul do continente, entre a Patagônia e o oceano Pacífico, que aliás também recebeu esse nome nessa mesma viagem por conta das águas calmas que aqueles homens encontraram durante a travessia.

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SAIBA MAIS: “O legado de Fernão de Magalhães e a primeira volta ao mundo”

Primeira volta ao mundo

E a gente só saberia de tudo isso em detalhes porque o jovem Antonio Pigafetta era um dos mais de 230 homens embarcados nas cinco naus que fariam a primeira circum-navegação no planeta e confirmaria que a Terra, sim, é redonda.

No delicioso  “A 1ª viagem ao redor do mundo – o diário da expedição de Fernão de Magalhães” (editora L&PM), Pigafetta escreve o que poderíamos chamar de um autêntico guia turístico da Idade Moderna, com informações como distâncias entre portos e horários mais adequados de navegação para evitarem arrecifes e ilhotas, descrições de atrativos arquitetônicos como o castelo de Sanlúcar, cidade espanhola de onde partiram, e até a melhor época para navegar o Rio Quadalquivir (na época, Betis).

Ao final da empreitada, apenas 18 homens retornaram com vida.

Nau Victoria em desenho feito pelo cartógrafo Abraham Ortelius (imagem: Domínio Público)

Nem o pai da ideia, o português Fernão de Magalhães, conseguiria completar a viagem. Morto em terra, durante o processo de colonização das atuais Filipinas, Magalhães foi capturado em uma emboscada de um chefe de Mactán, uma das ilhas da região.

Cilapulalu teria entrado em confronto com aqueles europeus pois se recusava a se curvar diante da autoridade do rei da Espanha.

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