Por que as águas de Caldas Novas são, naturalmente, quentes

Tudo começa no cenográfico e ainda pouco explorado Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (PESCaN), uma área de mais de 12 mil hectares em forma de platô que separa as cidades de Rio Quente e Caldas Novas.

Vista de longe, essa elevação montanhosa se parece com uma cratera vulcânica, cujo formato alimentou por décadas a lenda de que as águas quentes da região viriam de um vulcão.

Rio Quente Resorts e a Serra de Caldas Novas (crédito: Pablo Regino/Mtur)

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Mas o que se sabe hoje é que essas águas escorrem por veios rochosos, descem a níveis profundos e se encontram com minerais que, após reações químicas, retornam ao solo em forma aquecida.

O resultado são mais de 300 piscinas termais, em parques aquáticos e em hotéis bem estruturados de Caldas Novas. Sem falar no município vizinho Rio Quente, a 26 quilômetros de distância, onde funciona o complexo de hotéis e parques Rio Quente Resorts.

Já as encostas do Parque Estadual da Serra de Caldas Novas vêem brotar cachoeiras escondidas, como a do Paredão, uma queda de seis metros em uma trilha de 1,2 quilômetro de extensão, e a Cascatinha, uma pequena cachoeira de quatro metros que pode ser visitada em uma trilha de 900 metros.

Parque Estadual da Serra de Caldas Novas (foto: Eduardo Vessoni)

Águas que curam
Com quase 100 mil habitantes, Caldas Novas é a versão urbana da região, endereço do turismo de massa e dos hotéis com tarifas mais econômicas, em comparação com a vizinha Rio Quente.

As águas quentes da região começaram a atrair visitantes na primeira década do século passado, quando os poços minerotermais de Caldas Novas eram procurados por suas propriedades medicinais que aliviavam dores reumáticas e curavam problemas de pele.

À época, foram identificados 23 fontes de águas quentes, às margens do Córrego das Lavras, com indicações terapêuticas, entre outras, em tratamentos hormonais, cura de alergias e alívio do cansaço. Porém, o boom turístico se daria mesmo, a partir dos anos 80, com o início da venda de títulos que davam acesso a clubes particulares de águas quentes da região.

Mas a história teria início, séculos antes, em 1722, quando o bandeirante Bartolomeu Bueno Filho descobriu, por acaso, as águas quentes de Goiás, ao se deparar com fontes borbulhantes, no leito rochoso do Rio Quente.

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