“Nunca será tarde”: mães também fazem intercâmbio


Para muitas mulheres, ser mãe é sinônimo de maternidade e, em alguns casos, interrompimento dos estudos e adiamento do futuro.

Não para essas mães.

Mais do que uma experiência internacional, que há anos inclusive deixou de ser exclusividade de jovens, o intercâmbio pode proporcionar aprendizado, autoconhecimento e empoderamento.

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De acordo com a Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio), um dos programas de intercâmbio mais procurados por mulheres (48,8%) é o curso de idiomas, sobretudo o de inglês, um dos principais requisitos das empresas.

Não é à toa que, dos 13 depoimentos da última edição da revista EI!, publicação exclusiva sobre educação internacional, 10 são de ex-intercambistas mulheres.

“Hoje, as mulheres são desbravadoras, ávidas por buscar mais conhecimento, e isso tem aumentado a realização de seus sonhos. O fato de sermos mulheres e mães não nos impede de irmos atrás de nossos sonhos e de fazer um intercâmbio. Nunca será tarde”, defende Maura Leão, diretora financeira da BELTA.

Leão lembra também que uma mãe não precisa, necessariamente, viajar sozinha e pode inclusive fazer um intercâmbio com a família, em países como Canadá e Estados Unidos, por exemplo, que oferecem benefícios para quem viaja com um filho.


Ao optar por uma graduação ou uma pós, é possível matricular os filhos, gratuitamente, nas escolas locais de ensinos fundamental ou médio. Além disso, dependendo da área de estudo, a mãe intercambista pode conseguir bolsa no Brasil complementada com uma bolsa no exterior.

“Os filhos nos inspiram a buscar algo ainda melhor. Eles não são impeditivos, mas sim novas oportunidades de desfrutar experiências únicas”, completa Leão, em nota enviada ao Viagem em Pauta.

Atualmente, os programas de intercâmbio contam com opções que vão além dos cursos de idiomas, como os voltados para pessoas 50+, com carga horária flexível e aulas intercaladas com atividades de entretenimento, cursos de especialização profissional, em diversas áreas, e trabalho legal no exterior.

Entre os programas citados por Leão está o Family Program, que envolve estudos separados para pais e filhos, seguidos por sessões conjuntas de treinamento de habilidades para a vida familiar, podendo ser feito durante as férias.

Marina Jendiroba (foto: Divulgação)

A diretora de operações, Marina Jendiroba, fez intercâmbio duas vezes, na adolescência: um aos 13 anos, em um programa de férias para adolescentes, e outro, entre os 15 e 16, quando passou um semestre estudando parte do Ensino Médio nos Estados Unidos, em um programa de high school.

“Minha experiência foi maravilhosa, mas sempre reflito sobre o esforço que meus pais fizeram para me proporcionar esses momentos. Também penso nas dificuldades enfrentadas, como a distância e as limitações na comunicação da época, que eram muito maiores do que as que temos atualmente”, conta Jendiroba.

Porém, ela lembra que, como mãe e profissional da área de intercâmbio, ainda vê muitas famílias enfrentando desafios semelhantes aos que viveu.

“Não posso negar a emoção e a ansiedade de soltar um filho no mundo para que ele tenha essa experiência. Sinto saudades e me preocupo com o dia a dia deles enquanto estou longe, além de desejar que conheçam outras partes do mundo”, conta Jendiroba, que planeja voltar a estudar, em destinos como a Itália ou a França, depois que os filhos estiverem crescidos.

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