Localizadas na fronteira entre Brasil e Argentina, as Cataratas do Iguaçu são um dos atrativos brasileiros mais famosos, nacional e internacionalmente. E nem poderia ser diferente.
O que já era potente ficou ainda mais impressionante.
Na última terça-feira, 16 de julho, o Parque Nacional do Iguaçu registrou uma vazão três vezes acima da média, o que significa que por ali estão passando 4 milhões e 770 mil litros por segundo.
Apesar da assustadora quantidade de água, a equipe técnica da concessionária responsável pela gestão da visitação no parque, Urbia Cataratas, em colaboração com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), está monitorando e avaliando em tempo real a situação do rio Iguaçu.
Assim como foi informado ao Viagem em Pauta, via nota à imprensa, a passarela de observação e todos os passeios do Parque Nacional do Iguaçu continuam operando normalmente, inclusive com atendimento ampliado em julho.
Durante este mês de férias, até o dia 28, o parque abrirá uma hora mais cedo e ficará aberto das 8h às 16h.
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Cataratas do Iguaçu
Criado em 1939 por meio de um decreto-lei do então presidente da República, Getúlio Vargas, essa unidade de conservação brasileira abriga o maior conjunto de quedas d’água do mundo.
Com mais de 26 milhões de visitantes, desde 2000, esse parque de 186 mil hectares é considerado um dos mais visitados do Brasil e guarda um dos mais significativos remanescentes da Mata Atlântica na América do Sul, de acordo com o ICMBio.
Atualmente, a atração natural mais procurada são as impressionantes quedas de até 80 metros de altura, alcançando larguras que vão de cerca de 800 metros, no lado brasileiro, a 1.900 metros, na Argentina.
A 17 quilômetros do centro da cidade de Foz do Iguaçu, o parque chega a abrigar mais de 100 quedas d’água, de acordo com a vazão do rio.
E sabe de quem foi a ideia de preservar aquilo tudo?
Santos Dumont, o brasileiro mais alto que as nuvens
A condição de parque nacional só viria anos depois da morte do aviador brasileiro Santos Dumont, mas foi dele a ideia de proteger o maior conjunto de quedas d’água do mundo.
Após uma viagem aos Andes, em 1916, o brasileiro cruzou a fronteira e acabou conhecendo também as Cataratas do Iguaçu, onde chegou a cavalo, após uma travessia de seis horas. Ao descobrir que as quedas tinham sido doadas para um particular, decidiu viajar até Curitiba para falar com o então governador do Paraná, Afonso Camargo.
Durante seis dias, Dumont cavalgou até Guarapuava para então pegar um carro para Ponta Grossa e logo um trem para Curitiba, onde se reuniu com o governador para pedir a criação de um parque que protegesse aquelas quedas e possibilitasse a visita pública.
O pedido ilustre seria atendido em julho do mesmo ano, quando a área foi desapropriada, porém o parque nacional só seria criado em 1939.
Desde 2012, o dia 8 de maio, o mesmo em que Dumont esteve com Afonso Camargo, é considerado Dia Nacional do Turismo e, atualmente, o aviador é considerado padrinho do Parque Nacional do Iguaçu.
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