Com direção de Carine Wallauer, o documentário Copan observa a vida de condôminos e funcionários desse marco arquitetônico de São Paulo.
O filme estreia estreia oficialmente nessa terça-feira, 8 de abril, no É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários, com sessão em São Paulo, no CineSesc, às 20h30 (veja outras sessões mais abaixo).
As imagens do longa foram captadas durante a disputa presidencial entre Lula e Jair Bolsonaro que tanto acirrou os ânimos em todo o Brasil, inclusive no edifício projetado por Oscar Niemeyer, onde moradores e funcionários também viveram intensamente as divergências na escolha do síndico.
Assim, Wallauer fez de seu filme um microcosmo das tensões políticas vigentes no país, propondo ao espectador uma reflexão sobre poder, democracia, vida urbana e arte.

Copan
A lente apurada sobre aquele mundo particular no centro da capital paulista só foi possível porque a diretora viveu no edifício durante sete anos, experiência que lhe permitiu acesso privilegiado aos bastidores e às pessoas que circulam no prédio.
A equipe do documentário é formada também por outros moradores do Copan, como a produtora Viviane Mendonça e o DJ KL Jay, responsável pela trilha sonora ao lado de DJ Will e DJ Kalfani.
Com sessões em São Paulo e no Rio de Janeiro, o longa tem distribuição da Vitrine Filmes.
Confira as próximas sessões:
SÃO PAULO
8/04 – CineSesc, 20h30
9/4 – Cinemateca (Grande Otelo), 17h00
RIO DE JANEIRO
11/4 – NET Botafogo, 20h30
12/4 – NET Rio, 21h (reprise)
O edifício Copan
Inaugurado em 1966, o edifício projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer abriga seis blocos, divididos em 1.160 apartamentos de diferentes tamanhos, onde moram mais de duas mil pessoas, além da área térrea com 72 lojas.
Esse símbolo da modernidade urbana paulista, cujo projeto começou a ser desenhado na década de 1950, inspirado no Rockefeller Center, de Nova York, foi encomendado pela Companhia Pan-Americana de Hotéis e Turismo, daí o acrônimo do nome Copan, na ocasião dos festejos do IV Centenário da cidade.
No entanto, com a quebra do BNI (Banco Nacional Imobiliário), responsável pelo repasse dos investimentos, as obras, que previam um hotel vizinho, uma laje ligando os dois prédios, além de piscina, jardins suspensos e garagens subterrâneas, só foram concluídas quinze anos depois.
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