Rota dos Capitéis é nova atração na Serra Gaúcha

Nesta terça-feira, 6 de maio, a Rota dos Capitéis inaugurou, em Monte Belo Sul, a sinalização de roteiro regional da nova opção na Serra Gaúcha, um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Sul.

A rota é uma homenagem ao símbolo máximo da sustentação dos imigrantes naquelas novas terras, a fé.

A rota começa em Bento Gonçalves, na Igreja Santo Antônio, considerada o início e o final do trajeto, e passa por áreas rurais e urbanas de cada um dos 10 municípios participantes. Ao todo, são 15 trechos para caminhantes que totalizam 330 km ou então 350 km para ciclistas. 

“Esse projeto é um verdadeiro marco para toda a Serra, sendo um orgulho dar início a ele dentro das comemorações dos 150 anos da imigração. A Rota dos Capitéis é a valorização de um rico legado religioso que baseou a construção de nossas sociedades na região”, analisa Marijane Paese, presidente do Conselho Superior do CIC-BG (Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves), órgão responsável pela coordenação da rota turística.

foto: Fabiano Mazotti/Divulgação

A Rota dos Capitéis passa por capitéis, igrejas, capelas e grutas, e pode ser percorrida de carro, bicicleta ou a pé.

A inauguração da Rota dos Capitéis festeja, justamente no ano das comemorações do sesquicentenário da imigração italiana no estado, todo legado cultural herdado do povo que emigrou para a Serra.

O novo produto turístico, que contará com enogastronomia e atividades culturais, tem abertura oficial programada para dezembro de 2025 e abrange os seguintes municípios: Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul, Santa Tereza, Pinto Bandeira, Garibaldi, Carlos Barbosa, Coronel Pilar, Boa Vista do Sul, Imigrante e Farroupilha.

Mas o que é um capitel?
Essas pequenas edificações em forma de capela costumam ser construídas às margens de estradas em homenagens a santos ou então para agradecer por graças alcançadas.

Historicamente, o capitel é a arte superior de uma coluna, presente em diferentes estilos arquitetônicos, como o grego, romano e indiano.

O objetivo desse adorno, porém, é distribuir a carga e evitar a pressão em um único ponto.

Monte Belo do Sul, uma das cidades da rota, é famosa pelo polentaço anual em homenagem ao prato símbolo do legado deixado pela imigração italiana.

No ano passado, por exemplo, o evento contou com dois tombos de polenta gigantes, opções gastronômicas a base do alimento e atrações artísticas, como a curiosa exposição de esculturas feitas com… polenta.

Porém, a principal atração da festa é o tombo de uma polenta gigante com cerca de 800 kg, que tem distribuição gratuita para o público da festa.

foto: César Silvestro/Divulgação

Outra atração imperdível da cidade é a visita ao galpão da Mesacaza, onde trabalha um dos últimos tanoeiros da Serra Gaúcha, Eugenio Mesacaza.

Eugenio e o filho Mauro mantêm a tradição da confecção artesanal dos barris, mesmo com a queda do número de pedidos, devido ao uso cada vez mais comum de tanques de inox nas vinícolas.

Em Monte Belo do Sul, porém, a fabricação de tonéis é feita com madeiras como bálsamo, cabreúva, grápia, umburana e carvalho recondicionado.

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