Ilhas do Brasil que você não conhece (e nem vai conhecer)

São destinos perfeitos para férias dos sonhos. Tem praias selvagens em áreas isoladas do Atlântico, piscinas naturais rodeadas por recifes de corais e abundância de animais endêmicos.

Ficou com vontade de conhecer? Vai ficar querendo.

Neste post, o Viagem em Pauta listou cinco endereços brasileiros paradisíacos com acesso proibido para visitantes (para a sorte dessas áreas preservadas e isoladas).


Mas não seria nada mal mergulhar no Atol das Rocas, a primeira unidade de conservação marinha do Brasil; visitar praias selvagens do destino mais distante do Brasil, a 2.400 km da África; ou explorar território por onde já passou nomes conhecidos da navegação mundial como Charles Darwin e Ernest Shackleton.

E que continuem assim, pedaços isolados de um Brasil selvagem que pouca gente vai poder visitar.

Ilha da Queimada Grande (foto: Marinha do Brasil)

Ilha da Queimada Grande
(Itanhaém/São Paulo)

Nem se pudesse, você ia querer visitar essa ilha.

Conhecido como a ‘Ilha das Cobras’, esse pedaço de terra a 35 quilômetros da costa de Itanhaém, no litoral de São Paulo, é dominado por jararacas-ilhoa, cujo desembarque é proibido não só pela falta de praias ou enseadas, mas também por abrigar 15 mil cobras venenosas, em uma área de 1.500 x 500 m².

E as descrições são assustadoras.

De coloração clara, essa espécie atinge até dois metros de comprimento e está presa em uma ilha rochosa onde o alimento se resume a aves, daí a habilidade de subir em árvores. Sua picada pode matar uma pessoa em apenas seis horas.

É por esses motivos que por ali passam apenas cientistas e mergulhadores, cuja visibilidade local atinge pode chegar a 20 metros, de novembro a julho, e os locais garantem que as cobras não aprenderam a nadar (ainda).


Ilha de Alcatrazes
(São Sebastião/São Paulo)

A 45 km do continente, no litoral norte paulista, essa é a única das ilhas proibidas desse post que tem acesso público liberado, por mar e sem desembarque em terra.

Formado por 13 ilhas e ilhotas, o arquipélago de Alcatrazes é considerado o maior berçário de aves marinhas do sudeste brasileiro e abriga espécies como a jararaca-de-alcatrazes e a perereca-de-alcatrazes, que só existem na região.

De 1980 a 2013, o paredão de rochas da ilha principal era usado como raia de tiros da Marinha brasileira.

foto: Wikimedia Commons

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Arquipélago de São Pedro e São Paulo
(Pernambuco)

A quase mil quilômetros do ponto mais próximo do continente, esse arquipélago é o único conjunto de ilhas oceânicas brasileiras acima da linha do Equador e é considerado um dos lugares mais distantes do Brasil.

Por ali passaram nomes conhecidos da navegação mundial como Charles Darwin, em sua viagem ao redor do mundo, em 1832, e Ernest Shackleton, em 1921. Além dos poucos humanos a passarem por aquelas ilhas, o local é habitado por aves como atobás e viuvinhas, caranguejos, tubarões-baleia e arraias jamanta.

Arquipélago de São Pedro e São Paulo (foto: Wikimedia Commons)

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Trindade e Martim Vaz
(Espírito Santo)

Essas ilhas estão a pouco mais de 1.100 km do continente, isolados no Atlântico, e pertencem ao município de Vitória.

Com natureza selvagem, no sentido mais literal da expressão, o arquipélago é considerado o destino mais distante do território brasileiro. Só para ter uma ideia, a África está a 2.400 km dali.

Nesta espécie de Ilha de Lost brasileira, a biodiversidade abriga espécies endêmicas como o caranguejo-amarelo, pardela-de-trindade, uma subespécie de fragata, e bosques de samambaias gigantes com mais de cinco metros.

Atualmente, apenas a Ilha da Trindade é habitada e serve como base militar da Marinha.

Trindade (foto: Wikimedia Commons)

Atol das Rocas
(Rio Grande do Norte)

Primeira unidade de conservação marinha criada no Brasil, em 1979, esse atol é formado por um anel de arrecifes com 7,2 km² de superfície e 3,2 km de diâmetro, em uma área preservada de 360 km², incluindo o atol e toda a área marinha ao redor.

Segundo o Projeto Tamar, esta é a segunda maior área de reprodução da tartaruga-verde do país e abriga também espécies como a tartaruga-de-pente, cujos estudos são facilitados pelas piscinas naturais de águas cristalinas e abrigadas.

O atol, Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO, está a 267 km de Natal e a 148 km a oeste do arquipélago de Fernando de Noronha.

Atol das Rocas (foto: Wikimedia Commons)

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