Conheça o novo Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo

Após o incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa, em dezembro de 2015, esse espaço no centro de São Paulo será reinaugurado no próximo dia 31 de julho com cerimônia oficial de inauguração transmitida ao vivo nas redes sociais do museu.

A reforma de cerca de cinco anos traz não só novas instalações, mas também algumas atrações de sucesso nos dez anos de funcionamento do museu, entre 2006 e 2015, como “Palavras Cruzadas”, que mostra as línguas que influenciaram o português no Brasil, e a “Praça da Língua”, espetáculo imersivo de som e luz.

O espaço reabre também com a exposição temporária “Língua Solta”, que traz o português em seus amplos e diversos desdobramentos na arte e no cotidiano.

Vista do novo Museu da Língua Portuguesa (foto: Ana Mello Fotografia/Divulgação)

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O Museu da Língua Portuguesa é considerado um dos primeiros museus totalmente dedicados a um idioma e, em uma década de funcionamento, recebeu quatro milhões de visitantes e abrigou mais 30 exposições temporárias.

A curadoria do novo museu é de Isa Grinspum Ferraz e Hugo Barreto, e seu conteúdo foi desenvolvido com a colaboração de escritores, linguistas, pesquisadores, artistas, cineastas, roteiristas, artistas gráficos, entre outros profissionais de vários países de língua portuguesa, como José Miguel Wisnik, José Eduardo Agualusa, Mia Couto, Marcelino Freire e Roberta Estrela d’Alva.

Localizado na histórica Estação da Luz, o museu teve completa recuperação arquitetônica e readequação de seus espaços internos. Porém, o novo projeto manteve os conceitos das estruturas da intervenção original, assinado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha e seu filho Pedro, em 2006.

Além de mais salas para instalações, o museu ganhou também um terraço com vista para o Jardim da Luz e a torre do relógio, no terceiro piso do edifício.

Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo (foto: Divulgação)

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A reconstrução incorporou também melhorias de infraestrutura e segurança, como a instalação de chuveiros automáticos para reforçar o sistema de segurança contra incêndio.

O novo museu abre ao público também com novidades ambientais.

Cerca de 85% da madeira para a recuperação das esquadrias foram utilizados de material já existente no edifício, com a reutilização de madeira da cobertura original, datada de 1946, além de 89 toneladas de madeira certificada proveniente da Amazônia, usada na construção da nova cobertura.

Em nota enviada ao Viagem em Pauta, a assessoria de imprensa do museu informou também que mais de 300 esquadrias foram restauradas ou refeitas, dando nova vida a madeiras com mais de 70 anos, inclusive com a restauração e reutilização do material parcialmente carbonizado no incêndio, como peroba do campo rosa e amarela.

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