Conheça as locações do remake da novela ‘Pantanal’

Escrita há mais de 30 anos por Benedito Ruy Barbosa, a novela ‘Pantanal’ é um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira.

Com estreia nesta segunda-feira (28 de março), na Globo, dessa vez, a saga familiar que tem a natureza como protagonista vem em uma nova versão escrita por Bruno Luperi, neto de Benedito Ruy Barbosa, e com direção artística de Rogério Gomes.


“Hoje em dia, temos a tecnologia a nosso favor. As câmeras são menores, temos drones, câmeras para dentro d’água e a qualidade de captação é outra. É tudo muito mais moderno”, analisa Rogério, em nota enviada ao Viagem em Pauta.

E só pelo teaser divulgado no começo do mês, já dá para ter uma ideia do que vem por aí. Afinal de contas, ‘Pantanal’ é considerada a primeira novela transmitida em 8K, cujo primeiro episódio foi produzido nesse formato, uma evolução em relação ao 4K.

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O Pantanal, menor bioma brasileiro, é dividido em Pantanal Norte (MT), formado por destinos como Cáceres, Poconé e Barão de Melgaço; e Pantanal Sul (MS), com destaque para cidades como Miranda Aquidauana e Corumbá.

Mas nesse mundo de terras alagáveis, uma área de 210 mil km², onde foi gravada a nova versão de ‘Pantanal’?

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Os atores Irandhir Santos (Joventino) e Renato Góes (José Leôncio) na primeira fase do remake ‘ Pantanal´ (foto: João Miguel Júnior/Globo)

Confira as locações da novela ‘Pantanal

Para a versão original de 1990, o então diretor Jayme Monjardim rodou seis meses pela região em busca do cenário natural perfeito até que se decidisse pela região onde ficava a futura fazenda adquirida pelo músico Almir Sater.

O cantor e ator, que na época interpretou o peão Trindade, comprou aquelas terras, há 30 anos, logo após o fim das gravações.

“‘Pantanal’ foi um divisor de águas na minha vida. Comecei a trabalhar como nunca antes, ganhei meu dinheirinho e logo comprei essa terra aqui onde estamos”, lembra o artista que, por uma década, insistiu para que a antiga proprietária vendesse a propriedade para ele.

Almir Sater é Eugẽnio, na primeira fase de ‘Pantanal´ (foto: João Miguel Júnior/Globo)

A novela mais cara da história da Globo, cuja produção envolveu cerca de 120 pessoas, entre técnicos e artistas, teve como cenário seis fazendas na região da bacia do Rio Negro. Assim como divulgou o Instituto SOS Pantanal, três delas foram usadas como locação, e as outras serviram de apoio para a produção, como almoxarifado e hospedagem do elenco.

Algumas das propriedades aliás pertencem a Almir Sater, que dessa vez interpreta o chalaneiro Eugênio.

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“É um dos lugares mais bonitos do Pantanal”, descreve o cenógrafo Alexandre Gomes de Souza.

A região fica, aproximadamente, a quatro horas de caminhonete 4×4 da cidade mais próxima, Aquidauana. Com cerca de 40% da novela gravada no Pantanal, a novela teve internas gravadas no Rio de Janeiro e cenas captadas em outras regiões pantaneiras, como Corumbá e Miranda.

Fazenda Rio Negro (foto: Reprodução)

Uma das fazendas usadas como cenário é a icônica Fazenda Rio Negro, uma área de oito mil hectares em Aquidauana, a 250 km de Campo Grande, utilizada também como locação para a primeira versão de ‘Pantanal’ e para a novela ‘América’.

Assim como explica o diretor artístico Rogério Gomes, após visitar vários lugares, acabaram entendendo que o melhor local era o mesmo onde o Jayme Monjardim tinha gravado a novela há 30 anos.

“Está diferente, as mudanças climáticas também tiveram impacto ali, mas conseguimos uma janela interessante”, lembra Rogério.

Aliás, uma curiosidade da nova produção é a Matí, onça-pintada do Instituto Nex que fez figuração (e que figuração!) nas clássicas cenas de transformação da personagem Marruá.


Foram usados 12 caminhões para carregar o material de produção, além de caminhonetes 4×4 à disposição da equipe e do elenco. Pelas contas da gerente de produção Luciana Monteiro, foram algo em torno de 144 toneladas de material.

“Para cada caminhão baú, usávamos em média três ou quatro caminhões 4X4”, conta Luciana Monteiro sobre a logística da viagem para as gravações que aconteceram no segundo semestre de 2021.

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Com nascente em Corguinho (MS) e foz no Rio Paraguai, em Corumbá (MS), o Rio Negro é um personagem à parte na nova produção, conhecido por suas águas escuras por conta do pigmento nas folhas que caem na água, e áreas para banhos.

O atrativo atravessa o município de Aquidauana (MS), a 200 km de Campo Grande, e faz parte da microrregião de Nhecolândia, uma das 11 microrregiões do Pantanal. O local é conhecido pelas salinas, grandes lagoas naturais de águas com alta concentração de sais.

Parque Estadual Pantanal do Rio Negro (foto: WIkimedia Commons)

Outro destaque é o Parque Estadual Pantanal do Rio Negro, nos municípios de Aquidauana e Corumbá. O local é famoso por suas lagoas permanentes, cordões de matas (cordilheiras) e o brejão do Rio Negro, refúgio e fonte de alimento para a fauna local.

“O lugar não tem esquina. Você não caminha e vira. É uma continuidade de verde, de amarelo queimado, e tantas outras cores”, descreve a atriz Bruna Linzmeyer, que interpreta a personagem Madeleine.

Pôr do sol no Pantanal (foto: Pixabay)

A explosão de cores nos céus pantaneiros é outro destaque, tanto na novela como para quem visita a região.

“Enxerguei essa natureza, seu ciclo, o nascer do sol, o caminho percorrido ao longo do dia e as tantas cores dessa natureza local, até o momento que a lua surge”, conta a figurinista Marie Salles.

Interpretada por Alanis Guillen, Juma é uma das personagens mais lembradas pelo público, cujo figurino também foi inspirado nas cores de tons fortes do Pantanal.

“Ela é bruta e tem uma energia bruta. Por isso, suas roupas são transparentes e são meio pôr do sol, meio rosa, meio nude”, descreve Marie.

Alanis Guillen é Juma, na nova versão de ‘Pantanal’ (foto: João Miguel Júnior/Globo)

Na opinião do autor Bruno Luperi, “na trama, o Pantanal determina a vida de todo mundo”.

“Depois de todos esses anos, o Pantanal segue vivo no imaginário de todos nós”, conclui.

Em uma de suas primeiras postagens sobre o remake, Bruno comentou que seria fiel à versão original, cujo processo começou com a “leitura minuciosa e análise de cada um dos 209 capítulos escritos pelo Benedito”.

O público (e o Pantanal) agradece.

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* com informações da Globo e do Instituto SOS Pantanal

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