Escultor cria novo museu subaquático

Em 8 de junho, Dia Mundial dos Oceanos, a Grande Barreira de Corais, na Austrália, vai ganhar um museu diferente.

O MOUA (Museu de Arte Subaquática) abrigará obras do escultor Jason deCaires Taylor e poderá ser visitado pelo público no John Brewer Reef, coral a 70 km da costa de Townsville, em Queensland.


A série ‘The Ocean Sentinels’ (“As Sentinelas do Oceano”) reúne oito esculturas híbridas que misturam figuras humanas e estruturas marinhas.

A cinco metros de profundidade, as esculturas têm 2,2 metros de altura e pesam 2,8 toneladas, cada uma, e poderão ser vistas pelo público, que deverá usar snorkel para visitar o museu subaquático.

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foto: Divulgação

Cada uma das esculturas homenageia cientistas que se destacaram nos estudos nas áreas da ciência e da conservação marinhas. Em nota, Taylor conta que a “trilha de snorkel é uma introdução educacional e informativa à Grande Barreira de Corais.”

Townsville, na costa leste da Austrália, é conhecida também por ter abrigado o Haegumgang, considerado o primeiro hotel flutuante do mundo, atualmente, na Coreia do Sul.

VEJA FOTOS DO MUSEU SUBAQUÁTICO

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Jason deCaires Taylor

Mais do que fazer arte, esse artista de Dover, no sudeste da Inglaterra, cria vida.

Taylor é o mais famoso escultor de arte subaquática do mundo e é conhecido por seus museus subaquáticos, em destinos como Cancún, no México, e em Cannes, na França.

O inglês é considerado também o primeiro artista do mundo a levar para o fundo do mar o conceito de Land Art, quando a arte se integra ao meio ambiente e sua evolução assume rumos imprevisíveis, segundo a dinâmica de cada ambiente natural.

MUSAN, museu subaquático no Chipre (foto: Divulgação)

Em 2021, Taylor inaugurou mais um de seus espaços expositivos debaixo d’água, o MUSAN (sigla em inglês para “Museu da Escultura Subaquática”), na cidade mediterrânea de Ayia Napa, no Chipre.

O atrativo abriga mais de 90 obras submersas que formam uma espécie de floresta terrestre de tons surreais, considerada a primeira do gênero no mundo, a 200 metros da praia de Pernera, na costa leste da ilha.

“A vida marinha no Mediterrâneo foi seriamente esgotada nos últimos 20 anos. A necessidade de ressuscitar nossos oceanos é tão urgente quanto a de restabelecer nossa conexão com o mundo natural”, explicou o artista, na época, em nota enviada para o Viagem em Pauta.

MUSAN, museu subaquático no Chipre (foto: Divulgação)

Mais do que beleza cênica e entretenimento para mergulhadores, seus projetos são um alerta para a defesa dos oceanos e servem de endereço para a criação de um imenso arrecife artificial que ajuda no desenvolvimento de biomassa marinha e na reprodução de espécies locais, criando refúgios e um novo habitat.

Descrito pela revista Foreign Policy como o “Jacques Cousteau do mundo da arte”, Jason DeCaires Taylor, em mais de 20 anos de experiência como mergulhador, cria instalações vivas submarinas que propõem uma discussão sobre a consciência ambiental.

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