Mais do que o título estranho, o filme ‘Bizarros peixes das fossas abissais´ guarda algumas curiosidades.
Essa animação do diretor de curtas Marcelo Marão é um dos 362 títulos da 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema SP, que acontece na capital paulista, até o próximo dia 1º de novembro.
As curiosidades (bizarras) começam pelos personagens.

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Essa animação brasileira de 75 minutos de duração conta a história da insólita jornada até as profundezas do oceano, feita por uma mulher com poderes inesperados, uma tartaruga com TOC e uma nuvem com… incontinência pluviométrica.
“É um título estranho para um filme estranho. A protagonista traça uma jornada heroica em busca de algo. No caso, a heroína percorre múltiplos e distintos locais, desde a Baixada Fluminense até a Sérvia e as fossas abissais do título, para encontrar partes de um misterioso mapa”, explica o diretor e roteirista Marcelo Marão.

A obra, diga-se de passagem, voltada para o público adulto, é uma comédia de humor nonsense e super-heróis bizarros e diálogos (ainda mais) estranhos, como o da mulher cuja região glútea se metamorfoseia em um primata ao pronunciar a frase “Minha bunda é um gorila”.
O filme é o primeiro longa de Marão, diretor de curtas de animação com um currículo de 14 curtas, ao longo de quase 30 anos dedicados ao gênero. ‘Bizarros peixes das fossas abissais’ é também seu primeiro filme com uma protagonista feminina, dublada pela atriz Natália Lage.
E por falar em vozes, as dublagens dos personagens ficaram a cargo dos atores Rodrigo Santoro e Guilherme Briggs.
Em nota enviada ao Viagem em Pauta, o diretor conta também que a animação, feita sem storyboard, é uma improvisação de cenas de “um modo teatral, em ordem cronológica”.
“A narrativa e o design dos personagens evoluíam à medida que o filme avançava, assim como uma graphic novel autoral onde o design do personagem se altera com o passar das páginas”, descreve.
Mas do que dirigir, Marão queria desenhar e animar ao mesmo tempo, “de preferência a maior parte do filme”, cujos desenhos a lápis no papel foram feitos por uma equipe enxuta de apenas três pessoas, Rosaria, Fernando Miller e Marcelo Marão.
O filme levou praticamente uma década para ficar pronta, dividida entre as fases de animação (seis anos) e a de captação de recursos (quatro anos).
´Bizarros peixes das fossas abissais´
´Bizarros peixes das fossas abissais´
A animação faz parte da seleção de filmes da 47ª edição da Mostra Internacional de Cinema SP e tem sessão no dia 29 de outubro, às 21h15, no Espaço Itaú de Cinema Augusta, com presença do diretor e dos atores Guilherme Briggs e Rodrigo Santoro.
Já no dia 30 de outubro, a sessão acontece no Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca, às 14h. VEJA TRAILER
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