Destinos do Nordeste para quem não gosta de praia

Se você é daqueles que não são chegados em faixas de areia, isoladas nem muvucadas, esse texto é a sua praia.

Neste roteiro pelo Nordeste sem praias, tem cidades históricas, dunas coloridas, pêndulo humano e até, vejam só, um castelo de contornos surrealistas, em pleno agreste.

Confira abaixo destinos do Nordeste para quem não é chegado em praia:

CIDADES HISTÓRICAS DE SERGIPE
Distantes do mar e do rio São Francisco, mas próximos da capital Aracaju, Laranjeiras e São Cristóvão são as versões históricas do turismo de Sergipe, conhecidos por suas praças, igrejas e museus.

A apenas 20 km de Aracaju, Laranjeiras é tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e costuma ser destino de tours de um dia que fazem bate e volta da capital sergipana, cujas construções remontam aos períodos de intensas atividades nos engenhos locais e presença dos jesuítas, no século 17.

Já São Cristóvão, que pode ser combinada com Laranjeiras, em um mesmo dia, esconde um dos mais belos cenários arquitetônicos do estado, a Praça São Francisco.

Esse destino histórico na parte alta da cidade é, desde 2010, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, devido a suas construções dos séculos 17 ao 19.

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RIO SÃO FRANCISCO
Antiga área não navegável e de difícil acesso, esses imensos corredores estreitos de rochas talhadas do rio São Francisco surgiram, em 1995, com a construção da barragem da Hidrelétrica de Xingó, considerada uma das maiores do Brasil.

Essas águas represadas deram lugar ao Cânion do Xingó, localizado em um vale de 65 km de extensão e com uma profundidade média de 150 metros, onde é possível navegar a bordo de catamarãs, fazer passeios em pequenas embarcações que cruzam corredores estreitos do cânion e até praticar Stand Up Paddle.

A quase 200 km da capital sergipana, o atrativo tem acesso a partir dos municípios de Canindé de São Francisco (SE) ou Piranhas (AL).

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ROLIÚDE NORDESTINA
A cidade de Cabaceiras fica a 166 km de João Pessoa, em pleno semiárido paraibano, e ficou famosa em todo o Brasil como cenário de mais de 30 produções, entre documentários e longas nacionais, como ‘Cinemas, Aspirinas e Urubus’, ‘O Auto da Compadecida’ e, mais recentemente, a série ‘Cangaço Novo´.

Esse destino de pouco mais de cinco mil habitantes, na região do Cariri, é considerado um dos mais turísticos do interior da Paraíba e abriga um centro histórico com casario colorido do século 18 que parece sempre pronto para mais uma produção de cinema.

ARARUNA
A 165 km de João Pessoa, esse município no limite com o Rio Grande do Norte fez do seu entorno rochoso cenário para atividades de aventura.

Uma das novidades é o Parque do Rinoceronte, um complexo de aventura amigável para quem não tem nenhuma experiência com atividades do gênero.

Em uma área de cerca de dois mil m², o circuito começa com uma mini via ferrata e segue com rapel e escalada em pequenos paredões de granito. A experiência inclui ainda uma ponte de três cordas e até um inusitado surfe sobre aquele mundo pedra.

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Outro destaque do destino é o pêndulo humano na boca de uma rocha, a mais de 300 metros de altura, é fácil.

Após encarar uma trilha íngreme de 600 metros de extensão e a consideráveis graus de inclinação, o visitante chega à Pedra da Boca, formação natural no Parque Estadual da Pedra da Boca, no limite com o Rio Grande do Norte.

É como se balançar com a cabeça na Paraíba e os pés no Rio Grande do Norte, içado por um sistema com quatro pontos de ancoragem que lança o turista amarrado a uma corda com 30 metros de comprimento.

CASTELO ZÉ DOS MONTES
Tudo começou, na infância, quando José Antônio Barreto teve uma visão em que uma senhora lhe pedia para construir sete igrejas, em locais diferentes.

Desde que aquela imagem apareceu para ele, em 1941, foram outras 12 aparições até que, já adulto, Barreto, por fim, encontraria o endereço certo para a construção da sua igreja/castelo.

Não concluída, essa obra de contornos surrealistas, na Serra do Tapuia, em Sítio Novo, a 120 km de Natal (RN), pode ser visitada apenas nos finais de semana, cujos ambientes abrigam salões rochosos e altares em pedra.

Porém o destaque é o curioso labirinto feito de terra que representa a Via Crucis.

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CHAPADA DAS MESAS
Esse destino é daqueles lugares onde cachoeiras lapidam pedras escuras no corredor estreito de um cânion, finais de tarde pintam pedra encantada fincada no meio do rio e o turista tem a sensação de ser o primeiro a chegar por ali.

Na região sul do Maranhão, a Chapada das Mesas é formada por 10 municípios e é conhecida como ‘Paraíso das Águas’, onde se localizam 89 cachoeiras oficiais (13 delas só no interior do Parque Nacional da Chapada das Mesas), 22 rios perenes e mais de 400 nascentes.

Os mais aventureiros não podem deixar de visitar o Parque Nacional da Chapada das Mesas, a sacolejantes 80 km do município de Carolina, por estradas onde só passam carros 4×4. Já quem vai com crianças ou está menos disposto a perrengues, locais como o Poço Azul ou o Santuário Ecológico de Pedra Caída são paradas perfeitas.

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