8 de março: mulheres incríveis que você precisa conhecer

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Viagem em Pauta relembra a história de mulheres incríveis que já passaram pelo site.

De personagem imaginada para o cinema a mulheres reais que fizeram aquilo que ninguém acreditava ser possível ser feito (por mulheres, claro), a lista inclui figuras como a poetisa Cora Coralina, a tocadora de pífano Zabé da Loca e, mais recentemente, a velejadora (mecânica, eletricista, skipper e UFA! escritora) Tamara Klink.

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Aracy de Carvalho
Essa paranaense foi secretária no consulado brasileiro em Hamburgo, na Alemanha, onde conheceu o cônsul adjunto João Guimarães Rosa e facilitou a fuga de judeus perseguidos pelas políticas restritivas tanto na Alemanha de Hitler como no Brasil de Getúlio Vargas.

Aracy de Carvalho diante da auto-escola de Josef Heinz Bühn, onde aprendeu a dirigir. Altona, em 1937 (foto: editora Record)

Entre as manobras, Aracy alterou documentos, distribuiu alimentos em tempos de racionamento para judeus e até transportou “vários deles em seu automóvel de placa diplomática”. SAIBA MAIS

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Cora Coralina
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Aninha, nasceu em 20 de agosto de 1889, na antiga Vila Boa de Goyaz, atualmente, Cidade de Goiás.

Essa doceira de vida simples ficou conhecida como Cora Coralina, a poetisa tardia que aprendeu a datilografar, aos 70 anos, e publicou seu primeiro livro quando já tinha 76, em 1965. VEJA FOTOS

Cora Coralina (foto: Museu Casa de Cora Coralina/Divulgação)

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Zabé da Loca
Quando foi descoberta, essa pernambucana era Isabel Marques da Silva e tocava pífano com um tubo de PVC, dentro de uma loca.

Zabé nasceu no Agreste de Pernambuco, mas era Patrimônio Imaterial da Paraíba. Ganhou o mundo sem deixar seu mundo pedra e virou Zabé da Loca, a Rainha do Pífano.

“Eu sou filha de mocó”, dizia, entre gargalhadas. Ela sabia debochar das dificuldades da vida com sua risada arreganhada.

foto: Eduardo Vessoni

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Thereza de Marzo
Essa paulistana é considerada a primeira brasileira a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Sem apoio da família, rifou uma vitrola, foi a pé até o Aeródromo Brasil e se matriculou nas aulas de voo.

Isso tudo em pleno ano de 1922, quando se tornou a primeira mulher a pilotar sozinha. Thereza também criou as “Tardes de Aviação”, como eram chamados seus voos panorâmicos com passageiros.

Thereza de Marzo (foto: Instituto Embraer/Divulgação)

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Maurizélia de Brito Silva (Zelinha)
Toda vez que desembarco em Fernando de Noronha, o Brasil que fica mais perto das Rocas, coleciono histórias de profissionais que tiveram a oportunidade de trabalhar com a “dona” daquilo tudo.

Zelinha, como é conhecida, parece ser apenas o apelido que ameniza a postura linha dura adotada pela “xerifa do Atol”, como já foi chamada essa gestora.

Maurizelia de Brito Silva, em atuação na Reserva Biológica do Atol das Rocas (foto: arquivo pessoal)

Em 2011, junto com Leonardo Sakamoto, Jean Wyllys e Ronaldo Fraga, ganhou o prêmio Transformadores, concedido pela revista Trip a pessoas que inspiram mudanças no Brasil e no mundo.

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Tamara Klink
Esta é a mais jovem das mulheres incríveis que passaram aqui pelo site, nos últimos anos.

Ela bem que poderia ter escolhido um emprego, daqueles de 2ª a 6ª e em horário comercial. Mas preferiu navegar em solitário , singrando fiordes, pegando tempestades e navegando sob noites que chegam mais cedo no norte do planeta.

foto: Divulgação

Formada em arquitetura naval na França, Tamara comprou seu primeiro veleiro aos 24 anos e, recentemente, fez também sua primeira travessia em solitário, entre a Europa e o Brasil. CONFIRA FOTOS

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Pacarrete
Terra natal do diretor Allan Deberton, Russas, no sertão cearense, é o cenário de ‘Pacarrete’, a comovente história da personagem homônima de 70 cm de cintura, que só anda “cheirosa e toda emperiquitada”, e queria ser artista.

Mas ela é louca. Não só pelo comportamento explosivo que afasta quem pisa na sua calçada, mas também porque quer se apresentar como bailarina na festa de 200 anos da cidade.

Cena de ‘Pacarrete’, com Marcélia Cartaxo e João Miguel, com Luiz Alves/Divulgação)ção de Allan Deberton

Livremente inspirado em uma conterrânea do diretor, esse filme que levou mais de uma década para ficar pronto se passa no Vale do Jaguaribe e é um resgate das lembranças do próprio Allan Deberton.

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