Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o Viagem em Pauta relembra a história de mulheres incríveis que já passaram pelo site.
De personagem imaginada para o cinema a mulheres reais que fizeram aquilo que ninguém acreditava ser possível ser feito (por mulheres, claro), a lista inclui figuras como a poetisa Cora Coralina, a tocadora de pífano Zabé da Loca e, mais recentemente, a velejadora (mecânica, eletricista, skipper e UFA! escritora) Tamara Klink.
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Aracy de Carvalho
Essa paranaense foi secretária no consulado brasileiro em Hamburgo, na Alemanha, onde conheceu o cônsul adjunto João Guimarães Rosa e facilitou a fuga de judeus perseguidos pelas políticas restritivas tanto na Alemanha de Hitler como no Brasil de Getúlio Vargas.
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Entre as manobras, Aracy alterou documentos, distribuiu alimentos em tempos de racionamento para judeus e até transportou “vários deles em seu automóvel de placa diplomática”. SAIBA MAIS
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Cora Coralina
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, a Aninha, nasceu em 20 de agosto de 1889, na antiga Vila Boa de Goyaz, atualmente, Cidade de Goiás.
Essa doceira de vida simples ficou conhecida como Cora Coralina, a poetisa tardia que aprendeu a datilografar, aos 70 anos, e publicou seu primeiro livro quando já tinha 76, em 1965. VEJA FOTOS
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Zabé da Loca
Quando foi descoberta, essa pernambucana era Isabel Marques da Silva e tocava pífano com um tubo de PVC, dentro de uma loca.
Zabé nasceu no Agreste de Pernambuco, mas era Patrimônio Imaterial da Paraíba. Ganhou o mundo sem deixar seu mundo pedra e virou Zabé da Loca, a Rainha do Pífano.
“Eu sou filha de mocó”, dizia, entre gargalhadas. Ela sabia debochar das dificuldades da vida com sua risada arreganhada.
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Thereza de Marzo
Essa paulistana é considerada a primeira brasileira a receber o diploma de piloto-aviador internacional. Sem apoio da família, rifou uma vitrola, foi a pé até o Aeródromo Brasil e se matriculou nas aulas de voo.
Isso tudo em pleno ano de 1922, quando se tornou a primeira mulher a pilotar sozinha. Thereza também criou as “Tardes de Aviação”, como eram chamados seus voos panorâmicos com passageiros.
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Maurizélia de Brito Silva (Zelinha)
Toda vez que desembarco em Fernando de Noronha, o Brasil que fica mais perto das Rocas, coleciono histórias de profissionais que tiveram a oportunidade de trabalhar com a “dona” daquilo tudo.
Zelinha, como é conhecida, parece ser apenas o apelido que ameniza a postura linha dura adotada pela “xerifa do Atol”, como já foi chamada essa gestora.
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Em 2011, junto com Leonardo Sakamoto, Jean Wyllys e Ronaldo Fraga, ganhou o prêmio Transformadores, concedido pela revista Trip a pessoas que inspiram mudanças no Brasil e no mundo.
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Tamara Klink
Esta é a mais jovem das mulheres incríveis que passaram aqui pelo site, nos últimos anos.
Ela bem que poderia ter escolhido um emprego, daqueles de 2ª a 6ª e em horário comercial. Mas preferiu navegar em solitário , singrando fiordes, pegando tempestades e navegando sob noites que chegam mais cedo no norte do planeta.
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Formada em arquitetura naval na França, Tamara comprou seu primeiro veleiro aos 24 anos e, recentemente, fez também sua primeira travessia em solitário, entre a Europa e o Brasil. CONFIRA FOTOS
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Pacarrete
Terra natal do diretor Allan Deberton, Russas, no sertão cearense, é o cenário de ‘Pacarrete’, a comovente história da personagem homônima de 70 cm de cintura, que só anda “cheirosa e toda emperiquitada”, e queria ser artista.
Mas ela é louca. Não só pelo comportamento explosivo que afasta quem pisa na sua calçada, mas também porque quer se apresentar como bailarina na festa de 200 anos da cidade.
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Livremente inspirado em uma conterrânea do diretor, esse filme que levou mais de uma década para ficar pronto se passa no Vale do Jaguaribe e é um resgate das lembranças do próprio Allan Deberton.
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