8 livros para crianças curiosas

Podem até classificar como literatura infantil, mas cada um desses livros é capaz de entreter também o público leitor adulto com suas temáticas transdisciplinares que valorizam a diversidade humana, cultural e científica.

As dicas abaixo vão de temas mínimos, como a vida dos fungos, aos mais profundos, como o belo trabalho em que o ilustrador Marcelo Cipis dá forma (e cor) aos sentimentos humanos, em “Sinto muito”.

Publicados pela editora Peirópolis, que em 2024 completa 30 anos no mercado, os títulos trazem ao universo infantil assuntos como arqueologia, linguística e cultura popular brasileira, em forma de livros que, mais do que para entender, são feitos para vivenciar.

‘Noite de Brinquedo’ (Editora Peirópolis)
* esta seleção é um post espontâneo do editor do Viagem em Pauta e não tem nenhum vínculo comercial ou editorial com a Peirópolis


LIVROS PARA CRIANÇAS



“Sinto muito”
Iuri Pereira e Marcelo Cipis

Nesse livro, o ilustrador Marcelo Cipis e o professor de literatura Iuri Pereira se propõem traduzir os sentimentos em divertidas ilustrações.

Para cada sentimento retratado por Iuri de forma poética (Felicidade, Raiva, Ansiedade…), Cipis cria um desenho com expressões levadas ao pé da letra como “contando os segundos”, “ataque de risos” e “cabeça fresca”.

“ABCDArqueologia”
Celina Bodenmüller e Luiz Anelli

Nessa espécie de “alfabeto poético-científico” cada uma das 26 letras (ou “pílulas poéticas”) é associada a um termo da arqueologia.

E de escavação, M de megafauna e S de Serra da Capivara, por exemplo.

Com ilustrações da psicóloga Graziella Mattar, os textos explicam de forma leve expressões como homo sapiens, arte rupestre e zoomorfo.


“ABCD Espaço”
Celina Bodenmüller e Luiz Anelli

Neste livro, a dupla também aborda a ciência de forma leve e poética. Assim, desde cedo, as crianças crescem vacinadas contra balelas como a de que a Terra é plana.

A obra é um abecedário poético, cujas belas ilustrações de Graziella Mattar acompanham textos informativos sobre temas como Big Bang, cometas e zona habitável.


“Se eu fosse fungo”
Gaia Stella

Ciência e literatura se encontram nesse simpático livro dessa ilustradora italiana, em que João se imagina um fungo com todas as suas inúmeras possibilidades.

O didatismo dá lugar à fantasia e à informação, onde o pequeno leitor descobre sobre o fascinante mundo dos fungos, como a comparação entre as estruturas de um fungo e a do protagonista humano.


“Grande Assim”
Mhlobo Jadezweni

Escrito originalmente em inglês e na clicante língua xhosa, é uma homenagem a um dos 11 idiomas oficiais da África do Sul, terra natal do autor.

Um dos destaques dessa poesia que chega como música para o leitor é a onomatopeia presente ao longo do livro que, na edição brasileira, ganha uma versão em português que se aproxima do texto original.

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“Noite de Brinquedo”
Antonia Mattos e Gabriela Romeu

Neste conto acumulativo, o leitor viaja pelo Cariri da protagonista Maria e pela cultura popular brasileira.

A obra é ricamente ilustrada com gravuras de Luci Sacoleira, cearense que traduz o sertão em belas imagens de reisado, aboio e mata encantada.

Ao final da obra, o leitor encontra um pequeno manual de reisado que detalha os elementos dessa manifestação popular.


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“Quiçá” / “Oxalá”
Flávia Bomfim e Tatiana Filinto

“Eita! O que é isto?” Esta é a pergunta que o leitor se faz diante desses dois livros provocadores que a gente nem sabe se “é pra entender” ou “pra viver”.

Juntas ou separadas, as obras promovem o encontro entre aquilo que já existe e o inventado, conectados por um divertido diálogo linguístico protagonizado por duas “coisinhas” coloridas.

“Viagem ao Brasil submarino”
Maristella Colucci e Cláudia Carmello

É considerado o primeiro livro sobre ambientes subaquáticos brasileiros para o público infanto-juvenil.

O leitor é convidado a nadar pelo mundo marinho, a partir das experiências de mergulho da autora em Ilha Grande, Abrolhos, Fernando de Noronha e o litoral norte paulista.

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