Localizados na Zona Norte da capital paulista, o Parque Estadual da Cantareira e o Horto Florestal (Parque Estadual Alberto Löfgren) terão suas áreas de uso público cedidas à iniciativa privada por 30 anos.
É o que propõe o edital anunciado pelo Governo de São Paulo, na última quarta-feira (9 de junho), com o objetivo de fomentar o ecoturismo na região, com serviços como atividades de lazer e esporte no Horto Florestal, e visitação ao mirante da Pedra Grande, na Serra da Cantareira.
Em nota enviada ao Viagem em Pauta, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente informou que o vencedor da Sessão Pública no dia 31 de agosto deverá “revitalizar e modernizar a estrutura, implantar e diversificar a oferta de serviços, além de gerenciar e fortalecer a conservação, respeitando normas ambientais”.
A iniciativa já é conhecida em outras áreas de preservação no Brasil, como Foz do Iguaçu, no Paraná; o Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, administrada pela concessionária Econoronha; e mais recentemente o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
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Selva urbana
Embora a concessão seja somente das áreas públicas, a secretaria avisa que pesquisas, preservação e fiscalização ambiental seguirão sob responsabilidade da SIMA e da Fundação Florestal.
“Queremos trazer mais pessoas para dentro das Unidades de Conservação, fazer com que elas tenham contato com a natureza e virem parceiras na preservação”, destacou o secretário Marcos Penido.
De acordo com a SIMA, as concessões devem resultar em um investimento de R$ 45,5 milhões, aproximadamente, dos quais R$ 31,8 milhões seriam investidos logo nos primeiros seis anos de aquisição.
Em uma área de cerca de 8 mil hectares de Mata Atlântica na Região Metropolitana de São Paulo, esses parques vizinhos abrangem as cidades de São Paulo, Mairiporã, Guarulhos e Caieiras.
Para Tarcila Reis Jordão, subsecretária de Parcerias do Estado de São Paulo, essas concessões “refletem o aprofundamento de nova fronteira do uso de parcerias e permitem a retomada do turismo e da economia, com novas oportunidades de investimentos aliadas à preservação ambiental”.
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PEC (Parque Estadual da Cantareira)
É dono de uma das maiores áreas de mata tropical nativa do mundo situada em uma região metropolitana.
Inaugurado em 1962 com a proposta de preservar remanescentes da Mata Atlântica, o parque recebeu 113 mil visitantes, em 2019, e é habitat de animais como bugio, gato-do-mato, jaguatirica e gavião-pomba.
O local conta com trilhas demarcadas que variam de 920 metros de extensão (Trilha das Figueiras) a quase 10 km (ida e volta), como a Trilha da Pedra Grande, famosa pela formação de granito a 1.010 m de altitude com vista panorâmica da cidade.
A Unidade de Conservação apresenta potencial para lazer, esporte, aventura e atividades de educação ambiental. Em 2019 o Parque recebeu mais de 113 mil visitantes.
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PEAL (Parque Estadual Alberto Löfgren)
Só em 2019 foram mais de 1,5 milhão de visitantes em busca de opções de lazer, atividades físicas e contemplação da natureza.
Mais conhecido como Horto Florestal e muitas vezes confundido com um parque urbano, o PEAL é considerado uma das poucas opções de lazer em ambiente natural na região em que está inserido.
Esse parque centenário no bairro Mandaqui conta com atividades como museu, trilhas e núcleo de educação ambiental.
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