Parques na cidade de São Paulo para se sentir no interior

Muito além dos parques urbanos mais populares, a cidade de São Paulo tem áreas verdes que nem todo paulistano conhece. Mas deveria.

A capital abriga mais de 100 parques e cerca de 40 mil hectares protegidos, em onze Unidades de Conservação municipais, segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente.

Nesta matéria, o Viagem em Pauta lista endereços verdes de São Paulo, com gestão municipal ou concessionada, que fazem a gente esquecer que ainda está na maior cidade do continente. De parques naturais no extremo sul ao primeiro parque de aventuras da capital paulista, esses atrativos são uma forma diferente (e sustentável) de explorar a cidade.


Urbano ou natural?
O conceito de parque urbano se refere a áreas verdes dentro do perímetro urbano, cujas instalações contam com áreas de lazer e de prática esportiva. Aclimação, Ibirapuera, Carmo e Independência são alguns exemplos de parques desse gênero na capital paulista.

Já os PNMs (Parques Naturais Municipais) são Unidades de Conservação que protegem, integralmente, áreas verdes de uma cidade e têm como objetivo a preservação e recuperação de ecossistemas originais, pesquisa científica e atividades de turismo ecológico.

Entre as unidades desse grupo estão o Itaim, nos limites da APA Bororé-Colônia, Jaceguava, na região do Guarapiranga, e Varginha, no Grajaú, nas margens da represa Billings.

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, 24% do município está protegido na forma de Unidade de Conservação.

foto: Reprodução

Selva SP
(Engenheiro Marsilac)

Esse parque privado fica na APA Capivari-Monos, uma Área de Proteção Ambiental, em território da comunidade indígena Tenondé-Porã, no extremo sul da cidade.

A região abriga a maior área rural da capital paulista e o primeiro e único parque de aventuras da cidade.

No Selva SP, um terreno natural de 17 mil m², dá para navegar no último rio limpo da capital, fazer trilhas na Mata Atlântica e praticar atividades de ecoturismo como caiaque, SUP e rapel.

Estrutura: estacionamento, banheiros, serviço de monitores, restaurante com produtos orgânicos e refeições a la carte (dias de semana) e self-service (finais de semana).

Destaques: rafting nas corredeiras do Rio Capivari, tirolesa com 180 metros de extensão e trilha por quatro cachoeiras, em um circuito circular de sete horas de duração e três km de extensão.

Estrada do Capivari, 5.005 (Engenheiro Marsilac).
Tel.: (11) 9 4703-9638 / 9 4701-7138.
Diariamente, das 9h às 17h (fechado, em dias de chuvas).

Ingressos a partir de R$ 35

foto: Alécio Cezar

SAIBA MAIS: “Como é o único parque de aventura da cidade de SP”


Floresta Cantareira
(zona norte de São Paulo)

A Cantareira é considerada uma das maiores florestas urbanas do mundo e ocupa uma extensa área, entre a capital paulista, Guarulhos, Mairiporã e Caieiras.

Inaugurado há mais de 60 anos, o atrativo é reconhecido pela Unesco como parte da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, uma reserva que atinge positivamente mais de 25 milhões de pessoas, em 78 cidades das regiões metropolitanas de SP, incluindo a capital e a Baixada Santista.

Um dos destaques é a Trilha da Pedra Grande, uma caminhada em um dos quatro núcleos da floresta e que leva até um mirante natural com vista para a cidade.

Onde: Entrada pelo portão 5 do Horto Florestal (Rua do Horto, 931). Vale lembrar que não é permitido o acesso de pets nas dependências do parque, mesmo com coleiras.

A portaria do Núcleo Águas Claras (Av. Sen. José Ermírio Moraes, S/N – Sítio Barrocada, Mairiporã) abre apenas nos finais de semana e feriados. Nos demais dias, o visitante deve entrar pela Pedra Grande.

Já o belo e compacto Núcleo Engordador, a versão histórica da Cantareira, fica na Avenida Cel. Sezefredo Fagundes, 19.100, no Jardim Cachoeira.

Quando: De quarta a domingo e feriados, das 8h às 17h (entrada até 16h).
Em janeiro e julho, os núcleos Pedra Grande e Engordador funcionam todos os dias.

Quanto: R$ 50 / R$ 25 (meia-entrada), com acesso também aos núcleos Engordador e Águas Claras.

Floresta Cantareira (foto: Urbia Parques)

SAIBA MAIS: “Como é a Trilha da Pedra Grande, na Cantareira”


PNM Bororé
(Ilha do Bororé)

O Parque Natural Municipal (PNM) Bororé fica no extremo sul da cidade em uma península da represa Billings, uma área com cerca de 80% coberta pela Mata Atlântica.

Uma das curiosidades é o seu acesso, que pode ser feito pela antiga Estrada do Varginha (atual Avenida Paulo Guilguer Reimberg) ou pela Balsa Bororé, que conecta a avenida Dona Belmira Marin, no Grajaú, e a Estrada de Itaquaquecetuba.

Estrutura: estacionamento, banheiros, parquinho infantil naturalizado e mirantes.

Destaques: Píer na margem da represa Billings e as trilhas do Aventureiro e do Lago.

Estrada das Vieiras, s/n, Bororé. Distrito Grajaú, Subprefeitura de Capela do Socorro
Tel.: (11) 5187-0321
De terça a domingo, das 8h às 17h.
Entrada gratuita.


PNM Jaceguava
Essa é uma das áreas verdes que formam a Interparques, a maior trilha na cidade de São Paulo. Essa rota de 170 km interliga 11 Unidades de Conservação da Zona Sul, entre parques urbanos, estaduais, naturais, APAs (Área de Proteção Ambiental) e RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural).

Esse parque nas margens da Represa Guarapiranga foi criado como compensação dos impactos ambientais causados pelas obras do trecho sul do Rodoanel Mário Covas.

Estrutura: estacionamento, banheiros, área para piquenique e serviço de monitores.

Destaques: Mirante da Trilha do Saci (2km, aproximadamente).

Altura do número 1.100 da Avenida do Jaceguava (Bairro Jaceguava, em Parelheiros).
De terça a domingo, das 8h às 17h.
Entrada gratuita.

PNM Varginha, no Grajaú (foto: Eduardo Vessoni)


PNM Varginha
Interligado com o Jaceguava, esse parque de 2012 tem 419 hectares e também foi criado para amenizar os impactos ambientais negativos causados pelas obras do Rodoanel.

A 30 quilômetros do Centro, aproximadamente, o Varginha faz parte da Interparques e costuma ser procurado por grupos de ciclistas.

Estrutura: estacionamento, banheiros, ATI (Academia para a Terceira Idade), alojamento para pesquisadores, biblioteca, parquinho infantil naturalizado, pista de bike e mirantes.

Destaques: Lago, Trilha da Bromélia, mirante na Trilha do Içá e píer na margem da represa Billings.

Av. Paulo Guilguer Reimberg, 6.200 (Chácara Santo Amaro, distrito Grajaú).
Tel.: (11) 5187-0321
De terça a domingo, das 8h às 17h.
Entrada gratuita.


PNM Itaim
Com 470 hectares, o maior PNM de São Paulo fica em uma zona de transição entre a área urbana do distrito Parelheiros e setores mais preservados do extremo sul do município.

Em outras palavras, é como estar em uma área verde isolada, porém de fácil acesso e sem precisar sair da capital.

Estrutura: estacionamento, banheiros, serviço de monitores, área para piquenique e parque infantil com brinquedos naturalizados.

Destaques: Trilha do Tatu (700 metros de extensão) e Lago das Ninfeias, um cenográfico espelho d’água com grande quantidade dessas plantas aquáticas.

Rua Amaro Alves do Rosário, 2676 – Parelheiros (ao lado do Centro Paulus).
De terça a domingo, das 8h às 17h.
Entrada gratuita.


Serra do Mar
O Núcleo Curucutu fica entre São Paulo, Itanhaém, Mongaguá e Juquitiba, e é conhecido por um circuito que reúne três trilhas: Mirante, Bica e Capelinha.

De dificuldade média, esse percurso de 1,6 km passa por atrativos como a capelinha histórica erguida por antigos moradores, o marco entre os municípios de São Paulo e Itanhaém, e um mirante elevado que, em dias de céu claro, permite avistar a Estação Ecológica da Jureia e municípios litorâneos como Praia Grande, Peruíbe e Mongaguá.

Com entrada por Marsilac, distrito no extremo sul da capital paulista, esse parque está a 60 km da Praça da Sé, aproximadamente, e a apenas 15 km de Itanhaém, no litoral sul.

SAIBA MAIS: “O que fazer na Serra do Mar, em São Paulo”

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